Não é sem razão que a comunidade universitária tem alergia à presença de polícia nos territórios universitários. E isso não é só pela lembrança de tempos ditatoriais : os policiais militares não têm preparo para tolerar o ambiente de liberdades e de tolerância que há nas universidades. No caso da USP, a pretexto de combater crimes de sequestro, estupros e até assassinatos no campus, a universidade, que é dirigida por um reitor que não é reconhecido como legítimo, fez um convênio com a PM e a partir de então há perseguições a estudantes, buscas sem mandados em centros acadêmicos atrás de drogas, etc.
Na semana passada, três estudantes foram presos fumando maconha no estacionamento. Evidentemente isso não é a causa de tudo, mas foi a centelha que fez explodir o descontentamento, culminando com a ocupação da reitoria. Numa escalada de repressão, hoje a PM entrou com mais de 400 homens contra 70 estudantes, mais helicópteros, cavalos, fora o armamento, como se estivessem ocupando uma zona com traficantes fortemente armados. E por falar em armado, apareceram 7 coquetéis Molotov cuja fabricação foi atribuída aos estudantes, dentro da reitoria. Daí para a mídia acusar todo mundo de baderneiros, de terroristas, de maus elementos, não foi muito difícil. A versão vendida pelos meios de comunicação é : os baderneiros da USP, em vez de lutarem por coisas mais nobres, partiram para a destruição do patrimônio público pelo direito de fumarem maconha.
O governador Alckmin deu o recado no seu estilo: botei um reitor que ninguém aprovou (era o segundo da pouco democrática lista tríplice), que saiu fazendo desmandos que desagradaram a todo mundo, e agora boto a polícia para mostrar que movimentos sociais serão tratados com toda a truculência. E ainda diz que os estudantes precisam de "aulas de democracia". Pelo visto, Alckmin já está providenciando isso, fazendo da PM o corpo docente que aplicará a sua cartilha ao movimento estudantil e depois a todos os demais "carentes de democracia".
Tudo que aconteceu veio a corroborar o sentimento de desconfiança da comunidade universitária na PM dentro do campus. A repressão de hoje certamente será o estopim para mais mobilizações, greves, etc. Até onde Alckmin vai insistir em tentar submeter a USP ao seu autoritarismo? Escolheu uma péssima hora, pois em todo o mundo jovens e estudantes estão nas ruas e praças lutando por liberdade, por participação e contra as ditaduras. Isso não vai ficar barato.
Na semana passada, três estudantes foram presos fumando maconha no estacionamento. Evidentemente isso não é a causa de tudo, mas foi a centelha que fez explodir o descontentamento, culminando com a ocupação da reitoria. Numa escalada de repressão, hoje a PM entrou com mais de 400 homens contra 70 estudantes, mais helicópteros, cavalos, fora o armamento, como se estivessem ocupando uma zona com traficantes fortemente armados. E por falar em armado, apareceram 7 coquetéis Molotov cuja fabricação foi atribuída aos estudantes, dentro da reitoria. Daí para a mídia acusar todo mundo de baderneiros, de terroristas, de maus elementos, não foi muito difícil. A versão vendida pelos meios de comunicação é : os baderneiros da USP, em vez de lutarem por coisas mais nobres, partiram para a destruição do patrimônio público pelo direito de fumarem maconha.
O governador Alckmin deu o recado no seu estilo: botei um reitor que ninguém aprovou (era o segundo da pouco democrática lista tríplice), que saiu fazendo desmandos que desagradaram a todo mundo, e agora boto a polícia para mostrar que movimentos sociais serão tratados com toda a truculência. E ainda diz que os estudantes precisam de "aulas de democracia". Pelo visto, Alckmin já está providenciando isso, fazendo da PM o corpo docente que aplicará a sua cartilha ao movimento estudantil e depois a todos os demais "carentes de democracia".
Tudo que aconteceu veio a corroborar o sentimento de desconfiança da comunidade universitária na PM dentro do campus. A repressão de hoje certamente será o estopim para mais mobilizações, greves, etc. Até onde Alckmin vai insistir em tentar submeter a USP ao seu autoritarismo? Escolheu uma péssima hora, pois em todo o mundo jovens e estudantes estão nas ruas e praças lutando por liberdade, por participação e contra as ditaduras. Isso não vai ficar barato.
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