Toda propaganda é paga pelo consumidor, de alguma forma, afinal, faz parte dos custos dos produtos disponibilizados e entra na composição do preço final. Isso vale para um anúncio em revista, na TV, rádio ou para aqueles estandes belíssimos e decorados de imóveis em lançamento. No final, você paga tudo isso. Faz parte do jogo comercial.
O que a gente não para para pensar é em quanta propaganda nos empurram, por exemplo, numa revista semanal que você paga. Peguei uma revista Veja para ler enquanto fazia fisioterapia, e rapidamente li quase tudo, em menos de duas horas. Como não tinha outra revista para ler por perto, resolvi buscar matérias mais chatas que tinha deixado de ler, e fiz uma loteria: abri aleatoriamente a revista por diversas vezes tentando achar algo, mas só caía em páginas de anúncios.
Pensei que estava com azar, mas percebi que realmente tinha muita propaganda. Coisa de 10 páginas seguidas. Na falta do que fazer diante da inevitável imobilização do tratamento, resolvi fazer a estatística de anúncios x páginas com algum conteúdo (incluindo capa, fotos, página do corpo técnico da editora, etc). O resultado foi 93 páginas com anúncio contra 78 "úteis". Chegando em casa, abri a Isto É e a pesquisa deu 77 páginas úteis contra 58 de anúncios.
Alguém pode justificar que os anúncios barateiam o preço final na banca, ou seja, se não fosse por eles você pagaria o dobro. E os da Veja devem ser caros e em maior quantidade, porque são muito focados na classe A de renda, portanto, a revista deveria sair mais barata. Esse detalhe não bate com a realidade. Conclusão: pagamos duas vezes pela propaganda ao adquirir algum daqueles produtos - a embutida no preço da revista, e a embutida no preço do produto.
Nas rádios você não paga, mas também não recebe muita coisa de volta. Exemplo: rádios FM, que vieram para ser algo bem melhor que as rádios AM, a começar pelo som estéreo. A princípio tinham programação diferenciada, melhor que as AM. Hoje, dependendo do canal, você passa muito tempo sem ouvir uma música ou informação. Quando não são os apresentadores falando abobrinhas sem parar ou fazendo merchandising, são intermináveis anúncios que impedem que algo útil seja colocado no ar, como música ou informação. A gente gasta muito tempo bombardeado por algum tipo de propaganda e leva muito pouca contrapartida gratuita.
Com TVs por assinatura acontece em alguns canais isso. Exemplos mais gritantes: Universal, TNT e Sony. Um seriado enlatado de 40 minutos vira uma hora de exibição facilmente. Um filme de duas horas vira três horas. E tome anúncio. Dá para levantar, tomar um banho e pegar o filme ao final do intervalo. E quando o filme chega ao final, o espaço "útil" se reduz, com o aumento da frequência dos anúncios, porque sabem que ninguém vai largar o filme ou programa no fim.
Na maioria dos casos as propagandas são de programação da própria emissora, mas são um desrespeito ao assinante, que paga para ter o conforto de ver programas praticamente sem interrupções. Já que estamos falando de TV por assinatura, há pacotes que oferecem dezenas de canais, mas não fica claro que um terço é de programas religiosos, canais governamentais de televendas. Além da propaganda, o assinante paga por muito sebo para pouca carne.
O que a gente não para para pensar é em quanta propaganda nos empurram, por exemplo, numa revista semanal que você paga. Peguei uma revista Veja para ler enquanto fazia fisioterapia, e rapidamente li quase tudo, em menos de duas horas. Como não tinha outra revista para ler por perto, resolvi buscar matérias mais chatas que tinha deixado de ler, e fiz uma loteria: abri aleatoriamente a revista por diversas vezes tentando achar algo, mas só caía em páginas de anúncios.
Pensei que estava com azar, mas percebi que realmente tinha muita propaganda. Coisa de 10 páginas seguidas. Na falta do que fazer diante da inevitável imobilização do tratamento, resolvi fazer a estatística de anúncios x páginas com algum conteúdo (incluindo capa, fotos, página do corpo técnico da editora, etc). O resultado foi 93 páginas com anúncio contra 78 "úteis". Chegando em casa, abri a Isto É e a pesquisa deu 77 páginas úteis contra 58 de anúncios.
Alguém pode justificar que os anúncios barateiam o preço final na banca, ou seja, se não fosse por eles você pagaria o dobro. E os da Veja devem ser caros e em maior quantidade, porque são muito focados na classe A de renda, portanto, a revista deveria sair mais barata. Esse detalhe não bate com a realidade. Conclusão: pagamos duas vezes pela propaganda ao adquirir algum daqueles produtos - a embutida no preço da revista, e a embutida no preço do produto.
Nas rádios você não paga, mas também não recebe muita coisa de volta. Exemplo: rádios FM, que vieram para ser algo bem melhor que as rádios AM, a começar pelo som estéreo. A princípio tinham programação diferenciada, melhor que as AM. Hoje, dependendo do canal, você passa muito tempo sem ouvir uma música ou informação. Quando não são os apresentadores falando abobrinhas sem parar ou fazendo merchandising, são intermináveis anúncios que impedem que algo útil seja colocado no ar, como música ou informação. A gente gasta muito tempo bombardeado por algum tipo de propaganda e leva muito pouca contrapartida gratuita.
Com TVs por assinatura acontece em alguns canais isso. Exemplos mais gritantes: Universal, TNT e Sony. Um seriado enlatado de 40 minutos vira uma hora de exibição facilmente. Um filme de duas horas vira três horas. E tome anúncio. Dá para levantar, tomar um banho e pegar o filme ao final do intervalo. E quando o filme chega ao final, o espaço "útil" se reduz, com o aumento da frequência dos anúncios, porque sabem que ninguém vai largar o filme ou programa no fim.
Na maioria dos casos as propagandas são de programação da própria emissora, mas são um desrespeito ao assinante, que paga para ter o conforto de ver programas praticamente sem interrupções. Já que estamos falando de TV por assinatura, há pacotes que oferecem dezenas de canais, mas não fica claro que um terço é de programas religiosos, canais governamentais de televendas. Além da propaganda, o assinante paga por muito sebo para pouca carne.
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