Este post foi feito para quem não conhece a rampa de lançamentos de vôo livre da Pedra Bonita, no Rio, poder entender como funciona o local, e ter mais elementos para compreender o noticiário, pautado pelo lamentável acidente com a jovem baiana Priscila Boliveira, de 24 anos, que se desprendeu de um parapente. Pelos dados da TV e pelos vídeos, o instrutor e a moça tentaram um primeiro vôo, que acabou abortado, possivelmente por medo da tripulante, por não terem atingido a velocidade suficiente para a decolagem. Acabaram caindo num platô logo abaixo da rampa. E deram sorte, porque ele é estreito, e dali adiante é abismo.
Para sair dali, voltar para a rampa, arrumar de novo o parapente e fazer nova decolagem, a garota obrigatoriamente se soltou do instrutor. Na nova decolagem, até por conta do susto da tentativa anterior, o instrutor pode ter vacilado e deixado de verificar que sua passageira estava sem as cintas que amarram as pernas ao conjunto, e sem um cinto de segurança central. Quando decolaram, ela ficou pendurada. Desesperado, o instrutor deve ter partido em linha reta para a Praia de São Conrado, pois estima-se que foram apenas 2 minutos de vôo. Mais uns 15 segundos e teriam pelo menos caído no mar, aumentando as chances de sobrevivência. Não deu: ela caiu de mais de 30 metros, na areia. Agora é com a perícia e com a ANAC , que correrá contra o prejuízo mais uma vez e fará o que não fez até aqui: fiscalizar a pista de lançamentos de vôo livre da Pedra Bonita, no Rio.
Nas várias vezes que fui à rampa da Pedra Bonita e à chegada em São Conrado o sistema de acompanhamento de vôos pareceu bastante organizado. Auto-organizado, para ser mais exato. Há duas rampas de decolagem sobrepostas: a de cima, para asas, e a de baixo, de parapentes. Quando alguém está decolando grita para avisar, e o outro dá o ok, evitando choques. Se o tempo não está bom, para tudo. Se o vento não dá suporte, também para até conseguir condição segura para vôo.
Para quem não teve a oportunidade de ir lá, aí vão algumas fotos tiradas em abril de 2009. Mostram como é esticado o parapente na grama da rampa, como se posicionam instrutor e passageiro antes da corrida para o salto, os dois níveis (rampa de cima para asas, a de baixo de parapentes), o tráfego de asas e a arquibancada para ver a paisagem e as decolagens.
Estando no Rio, visite a rampa. Fica na Floresta da Tijuca. Para chegar lá, os caminhos são a Estrada das Canoas, partindo de São Conrado; a Estrada da Vista Chinesa, partindo da Lagoa, e pelo Alto da Boa Vista, e daí pegar a Estrada da Pedra Bonita. No local há uma cancela e geralmente há fila de carros esperando, porque a estradinha é de mão única, e há controle de subidas e descidas alternadas. Não vá de carro com pôneis malditos no motor, porque a rampa é muito íngreme. O estacionamento fica num patamar bastante abaixo da rampa, e uma caminhada de uns 15 min em ladeira forte é necessária. Ainda há a opção de conhecer a Pedra Bonita, que dá de frente para a Pedra da Gávea, onde se tem um dos melhores visuais do Rio. Não é muito puxado. Uma meia hora de subida tranquila.
Mais sobre o assunto:
http://blogdobranquinho.blogspot.com/2009/08/rio-rj-praia-do-pepino-sao-conrado.html
http://blogdobranquinho.blogspot.com/2009/08/rio-estrada-das-canoas.html
Para sair dali, voltar para a rampa, arrumar de novo o parapente e fazer nova decolagem, a garota obrigatoriamente se soltou do instrutor. Na nova decolagem, até por conta do susto da tentativa anterior, o instrutor pode ter vacilado e deixado de verificar que sua passageira estava sem as cintas que amarram as pernas ao conjunto, e sem um cinto de segurança central. Quando decolaram, ela ficou pendurada. Desesperado, o instrutor deve ter partido em linha reta para a Praia de São Conrado, pois estima-se que foram apenas 2 minutos de vôo. Mais uns 15 segundos e teriam pelo menos caído no mar, aumentando as chances de sobrevivência. Não deu: ela caiu de mais de 30 metros, na areia. Agora é com a perícia e com a ANAC , que correrá contra o prejuízo mais uma vez e fará o que não fez até aqui: fiscalizar a pista de lançamentos de vôo livre da Pedra Bonita, no Rio.
Nas várias vezes que fui à rampa da Pedra Bonita e à chegada em São Conrado o sistema de acompanhamento de vôos pareceu bastante organizado. Auto-organizado, para ser mais exato. Há duas rampas de decolagem sobrepostas: a de cima, para asas, e a de baixo, de parapentes. Quando alguém está decolando grita para avisar, e o outro dá o ok, evitando choques. Se o tempo não está bom, para tudo. Se o vento não dá suporte, também para até conseguir condição segura para vôo.
Para quem não teve a oportunidade de ir lá, aí vão algumas fotos tiradas em abril de 2009. Mostram como é esticado o parapente na grama da rampa, como se posicionam instrutor e passageiro antes da corrida para o salto, os dois níveis (rampa de cima para asas, a de baixo de parapentes), o tráfego de asas e a arquibancada para ver a paisagem e as decolagens.
Estando no Rio, visite a rampa. Fica na Floresta da Tijuca. Para chegar lá, os caminhos são a Estrada das Canoas, partindo de São Conrado; a Estrada da Vista Chinesa, partindo da Lagoa, e pelo Alto da Boa Vista, e daí pegar a Estrada da Pedra Bonita. No local há uma cancela e geralmente há fila de carros esperando, porque a estradinha é de mão única, e há controle de subidas e descidas alternadas. Não vá de carro com pôneis malditos no motor, porque a rampa é muito íngreme. O estacionamento fica num patamar bastante abaixo da rampa, e uma caminhada de uns 15 min em ladeira forte é necessária. Ainda há a opção de conhecer a Pedra Bonita, que dá de frente para a Pedra da Gávea, onde se tem um dos melhores visuais do Rio. Não é muito puxado. Uma meia hora de subida tranquila.
Mais sobre o assunto:
http://blogdobranquinho.blogspot.com/2009/08/rio-rj-praia-do-pepino-sao-conrado.html
http://blogdobranquinho.blogspot.com/2009/08/rio-estrada-das-canoas.html
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