A recente mobilização social "Veta Dilma", para que o novo Código Florestal não piorasse mais a devastação praticada há anos, mostrou sua força mesmo com a solução "meia-boca" do veto com medidas provisórias adotado pela Presidente.
Dilma apostou no diálogo, cedendo em alguns pontos, cortando outros, acreditando que assim atenuaria as pressões quando da votação da Medida Provisória 571 e dos vetos. Ledo e caro engano: o debate sobre preservação não está sendo feito entre governo, ambientalistas e congresso nacional visando o melhor para o país. Nenhuma concessão poderia aplacar o desejo de uma bancada forte, suprapartidária, concentrada no melhor para uma minoria de produtores rurais que manda no Congresso Nacional.
Pedir a Dilma para ir lá e dar porrada no latifúndio e nos desmatadores é mole. Todo mundo vai prás ruas, acende velas diante do Palácio do Planalto, artista se pronuncia, tudo muito bacana. Agora é guerra, é o movimento ambientalista e o poder truculento dos herdeiros políticos das oligarquias que chegaram ao Brasil para fazer fortuna e ir embora, deixando um rastro de destruição.
Historicamente, o Brasil não acertou as contas com as oligarquias rurais. Há até quem diga que a Revolução de 1930 marcou o fim da hegemonia rural e iniciou uma revolução burguesa no país. Não é isso que vemos hoje, em pleno século XXI, quando trabalhadores sem terra ainda levantam a bandeira da Reforma Agrária, uma luta que existiu no século XIX nos países capitalistas centrais, a partir da qual as burguesias enterraram o poder dos donos de terras.
Os ruralistas dominam a comissão que irá analisar a Medida Provisória 571, e já existem mais de 600 emendas ao texto, que se aprovadas serão um retrocesso enorme. A bancada ruralista não tem o menor pudor de afirmar que não deixará pedra sobre pedra no Código Florestal, mesmo com o país acolhendo o maior evento ambiental do mundo nos próximos dias, a Rio + 20.
O que o movimento ambiental vai fazer agora? Pedir socorro ao Greenpeace? Chorar nas saias da Dona Dilma? Se for por aí, assistiremos a uma retumbante derrota da civilização e da sustentabilidade no Congresso Nacional, e ao fortalecimento político do que há de mais reacionário no país. É necessário um enfrentamento numa escala muito superior à do varejo dos sem-terra.
A sociedade não pode se acomodar e assistir passivamente políticos passarem o trator no Congresso e aceitar que o novo Código Florestal será democrático, porque trará no seu bojo a condenação do futuro. O desafio é parar a motosserra e deixar claro que a produção rural terá que se submeter a critérios de sustentabilidade. É derrotar historicamente o latifúndio e as oligarquias rurais. E agora, quem vai encarar?
Dilma apostou no diálogo, cedendo em alguns pontos, cortando outros, acreditando que assim atenuaria as pressões quando da votação da Medida Provisória 571 e dos vetos. Ledo e caro engano: o debate sobre preservação não está sendo feito entre governo, ambientalistas e congresso nacional visando o melhor para o país. Nenhuma concessão poderia aplacar o desejo de uma bancada forte, suprapartidária, concentrada no melhor para uma minoria de produtores rurais que manda no Congresso Nacional.
Pedir a Dilma para ir lá e dar porrada no latifúndio e nos desmatadores é mole. Todo mundo vai prás ruas, acende velas diante do Palácio do Planalto, artista se pronuncia, tudo muito bacana. Agora é guerra, é o movimento ambientalista e o poder truculento dos herdeiros políticos das oligarquias que chegaram ao Brasil para fazer fortuna e ir embora, deixando um rastro de destruição.
Historicamente, o Brasil não acertou as contas com as oligarquias rurais. Há até quem diga que a Revolução de 1930 marcou o fim da hegemonia rural e iniciou uma revolução burguesa no país. Não é isso que vemos hoje, em pleno século XXI, quando trabalhadores sem terra ainda levantam a bandeira da Reforma Agrária, uma luta que existiu no século XIX nos países capitalistas centrais, a partir da qual as burguesias enterraram o poder dos donos de terras.
Os ruralistas dominam a comissão que irá analisar a Medida Provisória 571, e já existem mais de 600 emendas ao texto, que se aprovadas serão um retrocesso enorme. A bancada ruralista não tem o menor pudor de afirmar que não deixará pedra sobre pedra no Código Florestal, mesmo com o país acolhendo o maior evento ambiental do mundo nos próximos dias, a Rio + 20.
O que o movimento ambiental vai fazer agora? Pedir socorro ao Greenpeace? Chorar nas saias da Dona Dilma? Se for por aí, assistiremos a uma retumbante derrota da civilização e da sustentabilidade no Congresso Nacional, e ao fortalecimento político do que há de mais reacionário no país. É necessário um enfrentamento numa escala muito superior à do varejo dos sem-terra.
A sociedade não pode se acomodar e assistir passivamente políticos passarem o trator no Congresso e aceitar que o novo Código Florestal será democrático, porque trará no seu bojo a condenação do futuro. O desafio é parar a motosserra e deixar claro que a produção rural terá que se submeter a critérios de sustentabilidade. É derrotar historicamente o latifúndio e as oligarquias rurais. E agora, quem vai encarar?
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