domingo, 22 de maio de 2011

Brasília : Nova feira da torre de TV

Ficou muito bom o novo espaço da feirinha da feira de TV. A área de alimentação não é mais improvisada, com boas instalações para cozinhas. Tem banheiros públicos de boa qualidade. Os quiosques ficaram maiores e mais visíveis. Amplos espaços entre os blocos. A cidade merecia e ainda merece uma solução que valoriza o espaço do entorno da torre de TV, não só tardiamente comemorando os 50 anos de Brasília, mas como forma de superar o desleixo com a coisa pública que se incorporou à cultura. De capital de todos os brasileiros, Brasília parece ser uma terra de ninguém.


As fontes do Eixo Monumental foram recuperadas, e ao contrário de uma que tem no Setor Bancário Sul, que vive parada por economia de migalhas da empresa que cuida dela, ficam acesas à noite, exibindo um show de luzes e danças de águas raro no Brasil. Os jardins foram cuidados, com a colocação e manutenção de flores. Há algum policiamento através de viaturas na região, não ostensivo. Enfim, do Centro de Convenções até quase a W3 Norte, a área passou a ser valorizada com a recuperação do Memorial dos Povos Indígenas, Clube do Choro e agora a nova feira. Incrível que isso tudo estava abandonado em frente à sede do governo do Distrito Federal.

Na mesma área está o Memorial JK a agora a Câmara Legislativa, que mudou de um prédio acanhado para um palácio, infelizmente sem mudar de hábitos, abrigando as mesmas figuras nefastas de mensalões e panetones. O lado bom da coisa é que agora tem um centro cultural interessante, no subsolo, que até o dia 1/8 está com uma boa exposição sobre os 50 anos de Brasília.

Os problemas, entretanto, persistem. Hoje no Centro de Convenções havia o Feirão de Imóveis da Caixa. A falta estacionamento continua crônica quando há algum evento, e havia carros em filas duplas, em cima dos gramados, em curvas. Na Torre de TV e na nova feira também havia mais carros que gente, com a repetição da bandalheira. Pelo menos não havia flanelinhas agressivos para extorquir os usuários com tarifas sobre espaços públicos.

O lugar de onde saiu a feira está cercado para ser feita uma nova obra de recomposição urbana. Agora dá para ver que tinha um mapa da cidade em concreto, um monumento na frente da torre, que estavam escondidos pela ocupação irregular da feira. Resta saber se farão algo bom, duradouro, de qualidade para muitos anos, porque na fonte maior já há indícios de falhas na impermeabilização, obra que terminou há poucos meses. Todo esse complexo fica a menos de um quilômetro do estádio onde poderá acontecer o jogo de abertura da Copa, e se integrará à área turística do evento.

Considerado o histórico de abandono pelas autoridades, que gostam de ganhar votos na inauguração, não gastam com manutenção e nas eleições seguintes refazem tudo para ganhar mais votos, as perspectivas não são muito boas. Dentro da nova feira já começam a aparecer novas barracas irregulares, e se não houver ação das autoridades de ordenamento público, logo haverá a feira da feira. Os banheiros são bons, mas é previsível que a falta de uma vigilância efetiva nos leve a ver, em poucos meses, louças e acessórios faltando por roubos ou quebrados por depredação. A limpeza nas áreas de refeições também é precária, com comida e descartáveis espalhados pelo chão. Tomara que o novo governo supere essa cultura, nem que seja em nome de manter a imagem por causa da Copa, e conserve esse novo equipamento público.


4 comentários:

  1. Infelizmente discordo de você. Os boxes de metal são pequenos para alguns vendedores e grandes demais para outros. Além disso, sufocantes. No novo espaço, o visitante sofre sob o sol causticante e, na época das chuvas ficará às moscas. Esqueceram de colocar a cobertura, igual a da Feira dos Importados ou a da Feira do Guará. A antiga feira com as barraquinhas de lona era acolhedora. A nova feira é como Brasília: bonita e inóspita.

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  2. Meus parabéns tambem achei que ficou otma a nova instalacao da feira, com espaco amplo e com melhor visao da torre.
    Discordo do que o outro falou, pois, os artesao ja deu um jeito na cobertura, simples mas da pra esperar o governo fazer a cobertura definitiva. espacos grandes e peguenos, foi sorte quem pegou os grandes, agora e só saber oque colocar que a pessoa ira ter lucros, nao ficar se queixando que tem espaco grande ou pequeno.
    Agora se vcs realmente quer ver se ficou bom ou ruim, venham conferir e fiquem a vontade.

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  3. A Feira está linda, só falta artesão.

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  4. Na antiga feira grupos musicais e teatrais aproveitavam a generosa sombra embaixo da torre para apresentarem belos espetáculos populares. Na feira temos o círculo central para este tipo de apresentação, entretanto falta sombra. O espaço poderia ser coberto com lona especial tipo de circo (numa homenagem aos artistas circenses anônimos) ou uma cobertura mais sofisticada no formato do chapéu de boiadeiro do nordestino da caatinga, numa justa homenagem aos operários que construíram a cidade. A área também seria útil para estudantes de artes cênicas da Faculdade Dulcina e da Unb que não dispõem de espaço público na cidade para apresentarem sua arte.

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