terça-feira, 31 de maio de 2011

Corrupção pode rachar FIFA e inviabilizar Copa

Momento eleitoral tem dessas coisas. Nesta quarta deve ser escolhido o presidente para o próximo mandato na FIFA, e o candidato que disputava com o atual presidente Joseph Blatter desistiu a partir de denúncias de ter distribuído propinas para garantir a Copa de 2022 no Catar. Bin Hamad quer que Blatter prove as acusações. O dirigente da CONCACAF, federação que representa o Caribe, foi acusado de receber tais propinas. . Um dirigente inglês acusou o presidente da CBF, Ricardo Teixeira , de receber propina para votar pela Copa de 2018 na Rússia. Algumas federações querem adiar a eleição. Segundo o jornalista Paulo Henrique Amorim, a Globo já tratou de anistiar Ricardo Teixeira, a quem deveria favores, e de abafar a crise.


Uma coisa é certa: futebol dá muito dinheiro, e Copa do Mundo, mais ainda, para alguns. A gente vê por aqui o que se está fazendo para liberar geral a dinheirama em obras, equipamentos, segurança e outros quesitos exigidos pela FIFA para realizar os jogos. É lobby em cima de lobby, propina, jabá na mídia, tudo para criar o clima de emergência e mover os governos a ceder cada vez mais privilégios aos tubarões ligados aos jogos. Caso a crise se agrave, haverá o risco de racha na FIFA. Mohammed Bin Hamad é sheik, tratado de "sua alteza" no seu país, e a acusação de corrupção já é tomada pela imprensa do Catar como uma ofensa nacional. Como "business is business", acho mais fácil o Blatter rodar por força dos grupos de interesses milionários se houver o mínimo risco de melar o grande negócio da FIFA.


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