sexta-feira, 2 de agosto de 2013

35 mil desaparecidos no Rio além de Amarildo : Esquadrão da Morte?

Faixa na Av. Brasil pede respeito aos cidadãos das favelas
A ONG Rio de Paz colocou ontem na praia de Copacabana 10 manequins simbolizando os 35.000 desaparecidos no Rio desde 2007, sem investigação policial conclusiva, sendo o mais recente o caso do ajudante de pedreiro Amarildo, onde a suspeita recai sobre os policiais da UPP da Rocinha.

Esse número brutal deveria trazer os holofotes de todo o mundo para o Brasil. E a ONG ainda afirma que há casos onde sequer há registro policial. Quantos Amarildos serão nesses 35 mil? E quantos não-Amarildos, no caso criminosos, sumidos sem prisão oficial nem processo legal? E os outros milhares que foram mortos em "autos de resistência", nas trocas de tiros por entradas violentas da polícia nas favelas? E quantos foram queimados nos "microondas"?

Estaremos diante de um esquadrão da morte, organizado, quase uma indústria do extermínio? Já temos a milícia de bandidos policiais, para ter um sistema de assassinatos com destruição de provas não seria muito difícil

Esse é um questionamento que tenho desde o início das UPPs. Onde foram parar os milhares de colaboradores do tráfico, centenas que existiam nas favelas? Foram todos para outros lugares? Acredito que não. Uma parte que não tinha ficha na polícia ficou no mesmo lugar, mas alguns podem ter desaparecido.

O Brasil é condenado no mundo inteiro pelas torturas e desaparecimentos, e isso não muda. Temos uma polícia contaminada por corrupção, militar, que tem como exemplo de impunidade os crimes cometidos na ditadura militar e que, pelo lei da Anistia, continuarão estimulando atrocidades policiais e "desaparecimentos" como o de Amarildo.




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