sexta-feira, 5 de março de 2010

DF : STF mantém Arruda em cana

O julgamento no STF foi por 9x1. O único voto contra foi o do juiz Toffoli, que recentemente foi empossado após polêmica que o colocava como petista de toga. Parece que não é bem assim. O fato mais importante do julgamento, ao meu ver, foi a rejeição da tese da necessidade da prévia autorização do legislativo para julgar Arruda. Esse é um precedente que abala a crença na impunidade, porque os legislativos, em geral, se dobram ao poder executivo.


A jogada da defesa de Arruda não deu certo. Protelaram a sessão da Câmara Distrital ao máximo, para evitar a abertura do processo de "impeachment" contra Arruda, enquanto prometiam ao STF que, se fosse libertado, Arruda ficaria licenciado por tempo indeterminado, e não poderia, em tese, prejudicar as investigações da roubalheira do esquema do panetone. Se tivesse renunciado, poderia ter alguma chance de ser libertado, mas essa de "tempo indeterminado" pode ser um, dois dias e até o fim do mandato.

Uma vez solto, Arruda puxaria os cordões dos seus marionetes na Câmara para freiar o processo de "impeachment", até aqui tocado com unanimidade. E voltar ao governo, na maior cara de pau, o que foi lembrado ontem por manifestantes que espalharam óleo de peroba na porta da Câmara.

Mesmo que não voltasse ao governo formalmente, continuaria governando das sombras, destruindo provas e coagindo testemunhas. Ponto para o STF, que não caiu na conversa e manteve Arruda preso, aguardando o desdobramento do processo de "impeachment".

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