Ontem houve atentados suicidas em Damasco, capital da Síria. Mais de 40 funcionários do governo morreram, e houve muitos feridos. Um fato, duas "verdades": o governo sírio culpa a Al Qaeda: a oposição, o próprio governo, como forma de "provar" que combate gente perigosa associada ao terrorismo internacional. O atentado coincidiu com a chegada de observadores da Liga Árabe ao país, os primeiros depois de muitas negociações para fazer parar a guerra civil que já teria matado, segundo as potências imperialistas, mais de 5 mil pessoas, e segundo outras fontes, cerca de 1500.
Guerra civil? Possivelmente sim. Novamente, duas "verdades": a dos oposicionistas, que dizem tratar-se de massacre de civis desarmados, e, a exemplo da Líbia, atrair a proteção das grandes potências através de intervenção militar, e a do governo, que fala em combates contra grupos armados. A proposta de intervenção seria especialmente atrativa às potências imperialistas, porque lá tem petróleo, porém o momento não é o mais apropriado para países em crise financiarem uma nova guerra. A Líbia nem começou ainda a dar o retorno do capital investido...
A tal comissão de observadores é composta por pessoas indicadas por governos nada democráticos, também preocupados com a possibilidade de rebeliões nos seus quintais. Terá algum compromisso com a verdade, ou agirá politicamente, justificando de alguma forma a repressão do governo? Daí também não saberá a verdade.
Que governos armam para passar suas versões, isso tem vários exemplos históricos. Hitler invadiu a Polônia mandando soldados alemães vestirem fardas polonesas, atravessarem a fronteira e de lá matarem soldados alemães. Os nazistas tocaram fogo no parlamento (Reichstag) para dizerem que aquilo era parte de um complô de comunistas e judeus, e justificar superpoderes para o Füher e baixar a repressão em todo mundo. Aqui mesmo, quantas armações não foram feitas para reprimir os movimentos sociais, manipular eleições, etc? E agora, a orquestração de mídia para esconder fatos e proteger criminosos envolvidos numa quadrilha que roubou o país na privatização? Até bolinha de papel vira pedra, dependendo da careca que atinja...
Na Síria a versão dos opositores é vendida como verdade para todo o mundo pela mídia do petróleo. Fica difícil acreditar que um governo mande indiscriminadamente matar sua população desarmada, quando há outros instrumentos para reprimir manifestações. Cinco mil pessoas então, é um número tão forte que questiono por que não houve mais pressões que as até aqui feitas.
Bashar al Assad é um ditador, igual a tantos outros do Oriente Médio, truculento na repressão. Joga com o fato de que toda urna que se abre nos países que derrubaram ditadores trazem muitos votos para os grupos islâmicos, e se a ditadura síria cair, Israel terá mais um país imprevisível nas sua fronteiras. Isso os submissos norte-americanos não querem. Assad sabe que Obama não irá falar mais em guerra até se reeleger, e tentará segurar a onda de protestos até o fim do ano que vem. Dizer que o atentado foi da Al Qaeda, caracterizando-a como inimiga do seu governo e usando-a como argumento para mais repressão é bastante inteligente. Assad decretou que quem vender armas para terroristas será punido com pena de morte,e o discurso anti-terrorista soa como música nos EUA. É aquela coisa: numa guerra, a primeira a morrer é a verdade.
Guerra civil? Possivelmente sim. Novamente, duas "verdades": a dos oposicionistas, que dizem tratar-se de massacre de civis desarmados, e, a exemplo da Líbia, atrair a proteção das grandes potências através de intervenção militar, e a do governo, que fala em combates contra grupos armados. A proposta de intervenção seria especialmente atrativa às potências imperialistas, porque lá tem petróleo, porém o momento não é o mais apropriado para países em crise financiarem uma nova guerra. A Líbia nem começou ainda a dar o retorno do capital investido...
A tal comissão de observadores é composta por pessoas indicadas por governos nada democráticos, também preocupados com a possibilidade de rebeliões nos seus quintais. Terá algum compromisso com a verdade, ou agirá politicamente, justificando de alguma forma a repressão do governo? Daí também não saberá a verdade.
Que governos armam para passar suas versões, isso tem vários exemplos históricos. Hitler invadiu a Polônia mandando soldados alemães vestirem fardas polonesas, atravessarem a fronteira e de lá matarem soldados alemães. Os nazistas tocaram fogo no parlamento (Reichstag) para dizerem que aquilo era parte de um complô de comunistas e judeus, e justificar superpoderes para o Füher e baixar a repressão em todo mundo. Aqui mesmo, quantas armações não foram feitas para reprimir os movimentos sociais, manipular eleições, etc? E agora, a orquestração de mídia para esconder fatos e proteger criminosos envolvidos numa quadrilha que roubou o país na privatização? Até bolinha de papel vira pedra, dependendo da careca que atinja...
Na Síria a versão dos opositores é vendida como verdade para todo o mundo pela mídia do petróleo. Fica difícil acreditar que um governo mande indiscriminadamente matar sua população desarmada, quando há outros instrumentos para reprimir manifestações. Cinco mil pessoas então, é um número tão forte que questiono por que não houve mais pressões que as até aqui feitas.
Bashar al Assad é um ditador, igual a tantos outros do Oriente Médio, truculento na repressão. Joga com o fato de que toda urna que se abre nos países que derrubaram ditadores trazem muitos votos para os grupos islâmicos, e se a ditadura síria cair, Israel terá mais um país imprevisível nas sua fronteiras. Isso os submissos norte-americanos não querem. Assad sabe que Obama não irá falar mais em guerra até se reeleger, e tentará segurar a onda de protestos até o fim do ano que vem. Dizer que o atentado foi da Al Qaeda, caracterizando-a como inimiga do seu governo e usando-a como argumento para mais repressão é bastante inteligente. Assad decretou que quem vender armas para terroristas será punido com pena de morte,e o discurso anti-terrorista soa como música nos EUA. É aquela coisa: numa guerra, a primeira a morrer é a verdade.
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