Quem dá credibilidade a certos organismos que se impoem sobre países e empresas, para ditarem notas de avaliações e com isso levar ao inferno ou ao paraíso sem questionamento? Num mundo de fraudes contábeis, de PIBs e balanços marretados validados por "auditorias independentes", como acreditar que grupos privados digam quem deve pagar mais ou menos juros a bancos pelos "riscos" apurados nas suas economias?
Uma coisa é a análise de risco feita pelas técnicas e normas aceitas. Outra é a manipulação de informações em articulação com bancos para extorquir economias. Quem diz que o "risco Brasil" é maior que o de outros países aparentemente menos dignos de credibilidade? Uma coisa é certa: há quem diga que os juros no Brasil devem ser a soma da inflação anual, mais o "risco Brasil" mais um diferencial que garanta uma atratividade ao capital. E pronto! Mantido o parâmetro elevado, automaticamente se impõe um juro elevado à economia. Tudo por ordem das "agências classificadoras de risco". Aí vêm outros órgãos ditar políticas que os países devem fazer para reduzir riscos, etc. Sempre a velha fórmula do FMI e dos neoliberais é a salvação.
Essa manobra começou a criar suspeitas. Em toda a Europa uma agência classificadora rebaixa a nota de um país e no mesmo dia os banqueiros só aceitam negociar com juros maiores. Quando agora a França foi rebaixada do AAA, nota máxima, o presidente Sarkozy chiou : "as agências de risco não vão governar a França". Na Itália, a Procuradoria em Trani mandou apreender documentos na Standard & Poors na investigação sobre manipulação de dados em sucessivos rebaixamentos de bancos italianos e vazamento de informações sobre o rebaixamento da nota da economia italiana. Só para ter idéia do que uma manipulação dessas pode fazer, em duas semanas a Itália passou a ter que oferecer juros de mais de 7% para vender seus títulos, e para aplacar a fome dos banqueiros trocou o primeiro-ministro por um interventor da Comunidade Européia.
Uma coisa é a análise de risco feita pelas técnicas e normas aceitas. Outra é a manipulação de informações em articulação com bancos para extorquir economias. Quem diz que o "risco Brasil" é maior que o de outros países aparentemente menos dignos de credibilidade? Uma coisa é certa: há quem diga que os juros no Brasil devem ser a soma da inflação anual, mais o "risco Brasil" mais um diferencial que garanta uma atratividade ao capital. E pronto! Mantido o parâmetro elevado, automaticamente se impõe um juro elevado à economia. Tudo por ordem das "agências classificadoras de risco". Aí vêm outros órgãos ditar políticas que os países devem fazer para reduzir riscos, etc. Sempre a velha fórmula do FMI e dos neoliberais é a salvação.
Essa manobra começou a criar suspeitas. Em toda a Europa uma agência classificadora rebaixa a nota de um país e no mesmo dia os banqueiros só aceitam negociar com juros maiores. Quando agora a França foi rebaixada do AAA, nota máxima, o presidente Sarkozy chiou : "as agências de risco não vão governar a França". Na Itália, a Procuradoria em Trani mandou apreender documentos na Standard & Poors na investigação sobre manipulação de dados em sucessivos rebaixamentos de bancos italianos e vazamento de informações sobre o rebaixamento da nota da economia italiana. Só para ter idéia do que uma manipulação dessas pode fazer, em duas semanas a Itália passou a ter que oferecer juros de mais de 7% para vender seus títulos, e para aplacar a fome dos banqueiros trocou o primeiro-ministro por um interventor da Comunidade Européia.
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