O governo federal precisa avaliar melhor as medidas tomadas para alavancar o consumo e combater a desindustrialização, porque a ganância de alguns impede a eficácia das ações. Um exemplo é o da redução de IPI para alguns eletrodomésticos e móveis. Simplesmente não chegou ao consumidor a isenção fiscal do governo. Baixou-se o imposto e a indústria e o comércio se banquetearam do que seria o benefício para o consumidor. Vide comparativo nesta matéria do IG.
No setor automobilístico há pressões para nova redução de IPI e de desoneração de encargos. Possivelmente aconteceria o mesmo, engordando o tal "Lucro Brasil", que é o sobrelucro que as montadoras têm pela falta de concorrência bancada por medidas protecionistas governamentais. Uma prova disso é a reação poderosa que o cartel das montadoras teve quando chegaram os primeiros carros chineses, em versão completa, que estavam na faixa de R$ 23 mil enquanto um similar nacional estava por mais de R$ 30 mil. A grita foi geral, e medidas foram tomadas para evitar a concorrência que diziam desleal dos chineses, mas o setor não explica por que pagamos num carro 1.0 vagabundo o mesmo que um carro de luxo produzido nos EUA. O governo age, mas a ganância anula o efeito que seria benéfico.
Agora o Banco Central deteta nova tendência de queda da atividade econômica, pelo segundo mês consecutivo, reduzindo a expectativa de crescimento do PIB anual para 3,2%. Como houve retração de financiamentos, e o governo tomou iniciativas a pretexto de atender às indústrias em reivindicações para manter a competitividade internacional, o setor industrial lutará por mais e mais renúncias fiscais com o objetivo de aumentar seus lucros, alegando haver capacidade ociosa e ameaçando demitir.
A saída para mais essa cartelização é baixar os juros e ampliar o crédito, de forma a estimular o consumo, puxando a demanda. Com o agravamento da situação econômica mundial, mesmo que o real se desvalorize as importações continuarão chegando muito baratas por aqui, concorrendo com a indústria nacional e evitando que o setor eleve seus preços por puro protecionismo ou reserva de mercado.
O governo deu dois passos importantes desde que tirou o representante dos banqueiros do Banco Central e acabou com o papo de "autonomia" do BC, que na verdade os liberais pretendem que seja um poder paralelo, garantindo acima de qualquer coisa que os países paguem juros fielmente. O primeiro foi uma vigorosa redução na taxa SELIC, que aumentou no início do mandato de Dilma a pretexto de combater a inflação e acabou afundando o PIB, para deleite dos que querem enterrar o país para faturar politicamente. Nesta semana o COPOM deverá baixar novamente a taxa para 9%, o que ainda é obsceno em termos de juros reais, mas aponta para a firmeza no intuito de levar a banca nacional a patamares internacionais.
Também vai começar a fazer efeito a ação de redução de taxas de juros a empresas e consumidores pelos bancos públicos, buscando quebrar a hegemonia do capital financeiro. Combinadas essas duas ações, cessando as renúncias fiscais que não tragam benefícios aos consumidores e ajustando a política cambial para combater o tsunami das grandes potências, pode ser que a economia caminhe para uma normalidade dentro do capitalismo, que já seria uma revolução em relação à bandalha que temos hoje.
Com as indústrias usando parcialmente a capacidade produtiva há espaço para ampliação da produção sem gerar inflação. Este é o cenário atual, onde não se consegue vender no mercado interno por redução no crédito, nem no externo por desequilíbrio cambial. Baixar os juros e estimular o mercado interno pode ser a saída para queimar as ociosidades, evitar o desemprego e dar escala à produção, reduzindo seus custos. É por essas e outras que acredito que novas medidas de impacto virão, no sentido de quebrar os paradigmas do modelo capitalista atual, onde os banqueiros têm mais poder e lucros que a burguesia industrial.
No setor automobilístico há pressões para nova redução de IPI e de desoneração de encargos. Possivelmente aconteceria o mesmo, engordando o tal "Lucro Brasil", que é o sobrelucro que as montadoras têm pela falta de concorrência bancada por medidas protecionistas governamentais. Uma prova disso é a reação poderosa que o cartel das montadoras teve quando chegaram os primeiros carros chineses, em versão completa, que estavam na faixa de R$ 23 mil enquanto um similar nacional estava por mais de R$ 30 mil. A grita foi geral, e medidas foram tomadas para evitar a concorrência que diziam desleal dos chineses, mas o setor não explica por que pagamos num carro 1.0 vagabundo o mesmo que um carro de luxo produzido nos EUA. O governo age, mas a ganância anula o efeito que seria benéfico.
Agora o Banco Central deteta nova tendência de queda da atividade econômica, pelo segundo mês consecutivo, reduzindo a expectativa de crescimento do PIB anual para 3,2%. Como houve retração de financiamentos, e o governo tomou iniciativas a pretexto de atender às indústrias em reivindicações para manter a competitividade internacional, o setor industrial lutará por mais e mais renúncias fiscais com o objetivo de aumentar seus lucros, alegando haver capacidade ociosa e ameaçando demitir.
A saída para mais essa cartelização é baixar os juros e ampliar o crédito, de forma a estimular o consumo, puxando a demanda. Com o agravamento da situação econômica mundial, mesmo que o real se desvalorize as importações continuarão chegando muito baratas por aqui, concorrendo com a indústria nacional e evitando que o setor eleve seus preços por puro protecionismo ou reserva de mercado.
O governo deu dois passos importantes desde que tirou o representante dos banqueiros do Banco Central e acabou com o papo de "autonomia" do BC, que na verdade os liberais pretendem que seja um poder paralelo, garantindo acima de qualquer coisa que os países paguem juros fielmente. O primeiro foi uma vigorosa redução na taxa SELIC, que aumentou no início do mandato de Dilma a pretexto de combater a inflação e acabou afundando o PIB, para deleite dos que querem enterrar o país para faturar politicamente. Nesta semana o COPOM deverá baixar novamente a taxa para 9%, o que ainda é obsceno em termos de juros reais, mas aponta para a firmeza no intuito de levar a banca nacional a patamares internacionais.
Também vai começar a fazer efeito a ação de redução de taxas de juros a empresas e consumidores pelos bancos públicos, buscando quebrar a hegemonia do capital financeiro. Combinadas essas duas ações, cessando as renúncias fiscais que não tragam benefícios aos consumidores e ajustando a política cambial para combater o tsunami das grandes potências, pode ser que a economia caminhe para uma normalidade dentro do capitalismo, que já seria uma revolução em relação à bandalha que temos hoje.
Com as indústrias usando parcialmente a capacidade produtiva há espaço para ampliação da produção sem gerar inflação. Este é o cenário atual, onde não se consegue vender no mercado interno por redução no crédito, nem no externo por desequilíbrio cambial. Baixar os juros e estimular o mercado interno pode ser a saída para queimar as ociosidades, evitar o desemprego e dar escala à produção, reduzindo seus custos. É por essas e outras que acredito que novas medidas de impacto virão, no sentido de quebrar os paradigmas do modelo capitalista atual, onde os banqueiros têm mais poder e lucros que a burguesia industrial.
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