O bilionário norte-americano Warren Buffet fez um declaração bombástica para a classe dos ricaços: enquanto ele paga 17% de impostos, funcionários das suas empresas chegam a pagar 41%!
"Nossos líderes pediram 'um sacrifício compartilhado'. Mas quando fizeram este pedido me excluíram. Perguntei a meus amigos mega ricos quais sacrifícios esperavam que fossem impostos a eles. Eles também não foram afetados", escreveu o bilionário.
"Enquanto os pobres e a classe média combatem por nós no Afeganistão e enquanto muitos americanos lutam para chegar ao fim do mês, nós, os mega ricos, continuamos nos beneficiando com isenções fiscais extraordinárias", disse. (fonte: Folha 16/08/11)
Seu discurso está na contra-mão dos milionários da extrema-direita que sustentam o movimento Tea Party, do Partido Republicano, que recentemente levaram o mundo à beira do abismo econômico chantageando Obama para reduzir gastos sem aumento de impostos. Buffet disse que investidores querem ter lucros, mas que não fugiriam se tiverem que pagar impostos por isso. E ainda que quando os impostos eram mais altos, havia maior criação de empregos e aumento de renda. Chutou a santa e o pau da barraca de uma vez só.
O que continua intrigando é que os ricos tomam posições políticas, mas a classe média e os mais pobres parecem inexistir como agentes políticos. Não se vê uma greve importante, uma manifestação nacional, um protesto contra o povo pagar a conta da crise. Não há politização aparente disso. Será que vamos ter novas ondas de anarquia como Londres nas terras de Tio Sam, quando a coisa apertar mais? Será que os pobres dependerão de "ricos politicamente corretos" darem migalhas para atenuar a crise? Cadê a coragem que passam ao mundo nos seus filmes épicos? Só existe para trucidarem povos famintos em cantos remotos do mundo?
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