sábado, 13 de agosto de 2011

Rio : 21 tiros, uma juíza morta, muitos erros

Depois de uma calmaria de alguns meses, as páginas policiais do Rio de Janeiro voltam a ser preenchidas com mais um crime bárbaro, desta vez contra a juíza Patrícia Acioli, que no exercício da função pública condenou 60 PMs por crimes de formação de grupos de extermínio e milícias. Foi emboscada na porta de casa, levou 21 tiros de calibres de armas usados pela PM.


Uma sucessão de erros e omissões contribuiu para essa execução. Há alguns meses, um criminoso foi preso no Espírito Santo com uma lista de pessoas marcadas para morrer, encabeçada pela juíza. Há 4 anos, Patrícia tinha uma escolta de 3 policiais, pois já estava ameaçada de morte, até que a burocracia da própria justiça mandou que ficasse apenas com 1 segurança. Indignada, a juíza disse que um e nada era a mesma coisa, e passou a andar sem nenhum segurança.

Da comoção geral, por ter sido um crime contra a justiça e contra a democracia, ao escárnio: o deputado estadual Flávio Bolsonaro, filho do polêmico deputado federal homófobo Jair Bolsonaro, ao invés de se juntar ao côro por justiça, preferiu dizer no Twitter que "a juíza humilhava presos". Como quem diz: foi bem feito, afinal, pagou o preço por mexer com gente perigosa!Depois da péssima repercussão das suas palavras, veio desmentir, dizer que não era nada disso, etc e tal.

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