Passei boa parte do dia acompanhando as transmissões do canal a cabo japonês NHK, pasmo com o gigantismo das forças da natureza que assolaram parte do Japão. Ontem à noite, coincidentemente, vi um documentário na TV sobre a prevenção de terremotos em Los Angeles, mostrando soluções de engenharias para minimizar a destruição. O terremoto foi o 7° maior já registrado, o segundo maior do Japão, com epicentro a apenas 24km da superfície do mar.
Se parte da cidade de Sendai aguentou bem o impacto do tremor de 8,9 graus na escala Richter, o tsunami que veio depois foi bem mais devastador. Impressionantes imagens de água arrastando tudo que via pela frente, com imensa facilidade. Até casas pegando fogo navegavam nas águas que pareciam não ter freio penetrando na ilha do Japão. As pessoas olhavam hipnotizadas as águas subindo sem aferir a extensão do perigo a que estavam expostas, sendo em seguida tragadas pelas ondas de entulho.
Além do tremor e do tsunami, o Japão entrou em alerta nuclear, por causa de uma usina nuclear que está com nível de radioatividade acima da tolerância de segurança. O problema está nos detalhes: o vaso de contenção, o prédio do reator, tudo foi calculado para aguentar qualquer terremoto, mas a estação de bombeamento de água para resfriamento foi afetada, elevando as temperaturas.
O povo japonês é treinado para conviver com catástrofes, e o número de vítimas certamente será grande, mas muito inferior ao de uma tragédia como a do Haiti. Agora há pouco outro terremoto atingiu o centro do Japão. Tomara que pare por aí.
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