segunda-feira, 25 de maio de 2015

Globo despreza acidente aéreo de Angélica e Huck

Os apresentadores Angélica e Luciano Huck sofreram ontem um acidente aéreo que quase ceifa suas vidas, de três filhos e dois pilotos em Mato Grosso do Sul. Felizmente todos estão fora de perigo e tiveram bom atendimento pelo SUS. Por serem pessoas famosas na mídia e pelo risco que correram receberam grande destaque nos jornais de hoje no Rio...
Em vermelho, Huck e Angélica. Em amarelo, campanha de redução
da maioridade penal. Bons espaços para crítica à economia e futebol. 

... menos nos das organizações Globo,  como mostram as fotos. Os irmãos Marinho deveriam ter dado mais destaque à notícia que o quadrinho na quina direita inferior do jornal pelas razões pelas quais os demais dedicaram mais espaços em suas páginas. E por serem dois dos mais lucrativos funcionários da TV Globo, comercialmente falando.

O Globo de hoje continua promovendo o terrorismo ressaltando o "esfaqueado do dia" por menores delinquentes, em campanha pela redução da maioridade penal. Dedicaram à falta de segurança 40% do espaço da capa. A Luciano e Angélica, uns 10%. No Extra, que também é do grupo, mesma falta de destaque. Nos demais, de 40 a 50% das capas.

Pegou mal. A Globo vive implicando com os outros por mais atenção em outras circunstãncias, mas na hora de prestigiar seus próprios funcionários pisa na bola desse jeito para não fugir à pauta política. 

sexta-feira, 15 de maio de 2015

Fator Previdenciário : Congresso age como moleque para atingir Dilma

Na mídia popular, fato consumado o ganho do benefício
O governo Dilma tem contradições pela falta de uma base de apoio confiável. Isso é notório e traz instabilidades e contradições que a todo momento colocam a presidente em situações constrangedoras em nome da governabilidade. Isso acontece por todo o mundo. Já o que o Congresso tem feito nos últimos dias ultrapassa o processo político e entra no achincalhe, na irresponsabilidade, na vingança acima dos interesses dos que os elegeram e do país que deveriam respeitar.

O presidente da Câmara, Eduardo Cunha, opera como se o congresso fosse um bem pessoal que pudesse usar como bem entenda para obter vantagens. Já apostou no Impeachment de Dilma, depois atacou direito dos trabalhadores acelerando a PL4330 e agora aprovou em tempo recorde o fim do fator previdenciário, questão que se arrasta há anos especialmente porque a direita sempre foi contra. E agora, num lampejo revolucionário, se colocou a favor.

Na Folha, Dilma negocia e Levy fala em novos impostos
As contradições não param em Cunha. O PSDB também perdeu a noção de programa de partido e vem sendo criticado até pelos seus. O ajuste fiscal do ministro Levy (e de Dilma) é aperitivo perto do que seria o pacote de medidas do governo de Aécio, se tivesse ganhado a eleição. Deveria ter todo o apoio da direita e dos tucanos, mas o que se viu foi uma hipócrita resistência para criar incertezas na economia e sabotar o governo Dilma. Os capitalistas não querem saber disso e reclamam atitudes coerentes dos tucanos.

O que quer Eduardo Cunha com o fator previdenciário? Ser popular com os trabalhadores? Claro que não. Nesta semana ficou furioso porque o cerco da Operação Lava Jato está apertando contra ele e sua exigência de Dilma tirar o procurador-geral da República Janot não foi atendida. Por vingança botou o fator previdenciário em pauta, a Cãmara aprovou e hoje os jornais populares fazem as contas de quanto vai melhorar a aposentadoria dos trabalhadores. Está criada a expectativa, inflada por mídia, com um único intuto: ver Dilma e o PT se chafurdarem na lama da incoerência, fazendo movimentos para rejeitar a proposta no Senado ou no veto de Dilma.

O Globo já diz que Dilma vetará para não dar rombo nas finanças
Dilma a todo momento é chamada a beijar os anéis dos cardeais do capital e assim será cobrada para declarar que vetará o benefício aos trabalhadores. A mídia, que odeia trabalhador mas não perde a oportunidade de atacar o governo, já especula com isso e desgasta o governo. É uma armadilha que segue a estratégia de chegar a 2018 com o PT negando toda a coerência dos tempos que era classista.

O que Dilma deveria fazer? Entrar no jogo e defender o que foi aprovado. E deixar os capitalistas, que querem a redução do estado e de impostos que seriam acrescidos com os novos encargos previdenciários, correrem atrás dos seus parlamentares no congresso para vetar. Nisso Dilma seria esmagada pela mídia como irresponsável por promover uma tragédia nas contas públicas.

Dilma poderia ir além: apoiar o fim do Fator Previdenciário e propor criar novas receitas para compensar a despesa adicional com previdência. Impostos sobre rendas e propriedades de ricos. Sobre transito financeiro. Sobre mercado de capitais. E pular do palco para a galera como faria um músico pop.

Ela fará isso? Claro que não. Continuará apostando na governabilidade com o PMDB que a arrastará ao fundo do poço até 2018. Depois dessa, farão outras. Que tal aumentar o salário mínimo para o piso do DIEESE para Dilma vetar? Que tal aumentar os salários do serviço público bem acima da inflação para ser vetado? O saco de maldades da oposição e dos achacadores será infinito se Dilma continuar se submetendo como tem feito até aqui. E na cabeça do povão o Eduardo Cunha e seu bando, os mesmos que tentaram acabar com os empregos via terceirização, posarão de heróis dos direitos trabalhistas. 

sexta-feira, 8 de maio de 2015

Nazi-Fascistas caçam Dilma nos 70 anos da derrota de Hitler

Coxinhas querem a estrela do PT nessa tabela dos "indesejáveis" de Hitler
A o ódio de uma minoria à presidente Dilma Roussef está atingindo níveis inimagináveis de intolerância e estupidez. Hoje ala não vai á comemoração dos 70 anos da derrota do nazi-fascismo no Rio porque nazi-fascistas brasileiros a ameaçam com agressões que vão de vaias, panelas a coisas impensáveis.

Eleita pela maioria do povo brasileiro em eleição limpa, na prática a mídia e a oposição fizeram dela uma usurpadora, deslegitimada por uma campanha difamatória para justificar golpe que a tire do cargo. Em meio a uma crise que exige soluções onde alguns devem pagar para que outros mantenham seus empregos e renda, subverte-se a tomada de decisão fazendo-se a presidente refém de achacadores para que os pobres paguem a conta, senão poderão levar a sabotagem política com desdobramentos econômicos a níveis inimagináveis. Vide o que fizeram com a Petrobrás.

Antes queriam a cassação, o impeachment, o golpe, a intervenção militar. Não deu. Com o ataque aos trabalhadores pela PL 4330 ressuscitaram a luta de classes num ambiente onde antes era só hipocrisia de cunho moralista, de criminalização de corrupção sem  provas de um partido e da presidente. As pessoas foram às ruas em busca dos seus direitos. Deputados foram expostos com retratos nos postes como ladrões de direitos. Muitos começaram a pensar que hoje tem redes sociais que destroem uma carreira instantaneamente. Passaram a se prevenir fugindo da massa de manobra do achaque de Eduardo Cunha.

Ontem, na votação do ajuste fiscal que dificulta o acesso de trabalhadores e pensionistas a benefícios sociais, em tese, para evitar fraudes, a proposta do governo apoiada pelo PMDB e de interesse da minoria rica venceu na Câmara por ralos 25 votos. Se o PT votasse contra, não passava. E não tinha nenhuma razão para votar, porque o conceito da proposta é passar a conta da crise para os ombros dos pobres com medidas, sem nenhuma medida para conter a sonegação, tornar impostos progressivos, taxar grandes fortunas, etc.

Num dia fazem panelaço para que os vizinhos não ouçam o programa do PT na TV, uma das poucas janelas possíveis numa mídia 100% blindada contra vozes diferentes da do capital e da minoria intolerante e corrupta. No mesmo dia o Achacador Geral da República tira da gaveta a PEC da Bengala e golpeia Dilma para exigir que o PT vote o ajuste fiscal que interessa aos seus patrocinadores. No outro, aprovam a medida impopular, fazendo o PT se ajoelhar e beijar o anel do capital. Hoje a caçada a Dilma ganhou o patamar extremo da falta de noção.

Memorial Votivo - Pistóia - Itália - Homenagem aos soldados brasileiros que lutaram contra o nazi-fascismo
Se perguntar a um tosco odioso desses o que representa o dia 8 de maio as respostas convergirão para Dia das Mães ou coisa assim. Não conhecem história. Não entendem o significado de uma homenagem aos 80 anos da rendição da Alemanha Nazista encerrando a 2 Guerra Mundial no mundo ocidental, depois de ceifar cerca de 40 milhões de vidas e destruir países inteiros. Para ser mais preciso, não sabem nem o que é nazismo, pois o praticam sem saber.

Dilma e o PT são identificados hoje pela estrela. Não a de 5 pontas, vermelha,  mas a de 6 pontas, a de Davi. A caça a Dilma e ao PT pode ser comparada à dos nazistas nos anos 30, que culminaram com o genocídio de mais de 6 milhões de judeus, ciganos, comunistas, não-arianos, deficientes físicos e mentais e outros "eleitos" como impuros, imperfeitos ou indesejáveis para as pessoas "de bem" do povo alemão.

Monumento no Rio tem corpos de combatentes da 2a Guerra Mundial
Por todo o mundo hoje haverá homenagens solenes aos que lutaram essa guerra contra o horror nazista que inspira nossa direita. Ex-combatentes, suas famílias, militares da ativa, da reserva, cidadãos em geral que apoiaram o Brasil ir à guerra, como os comunistas, todos lembrarão a data em grandes desfiles. No Brasil, onde o floresce o nazismo livremente, Dilma não irá à principal solenidade. A versão oficial é que terá uma reunião importante para tratar do ajuste fiscal. A que circula entre a oposição, mídia e seus cães raivosos é que ela não vem ao Rio para evitar uma vaia em plena comemoração.

Imaginem o patético que seria uma solenidade em homenageia aos pracinhas, nossos heróis mortos na guerra, cercada de vaias, urros, panelas e buzinas? Essas pessoas perderam o pudor. São capazes de fazer uma festa num velório! Apesar da zoada ser um coerente protesto contra a derrota do III Reich que os inspira, seria uma vergonha inimaginável mundo afora. Dilma fez mal em não ir, atpara que os militares enxergassem  onde vai a estupidez das pessoas que querem que saiam dos quartéis, derrubem Dilma para eles governarem. E o mundo ver que crise no Brasil tem rostos histéricos que buscam um ideal derrotado por todos há 80 anos.

Mais sobre o assunto 2a Guerra escrito nas nossas viagens:

Berlim - Museu dos crimes da SS Nazista
http://blogdobranquinho.blogspot.com.br/2009/11/berlim-museu-dos-crimes-da-ss-nazista.html
Pistóia (Itália) - Memorial dos heróis brasileiros na Itália
http://blogdobranquinho.blogspot.com.br/2011/10/pistoia-memoria-da-guerra-do-brasil-na.html
Auschwitz - A lucrativa indústria da guerra
http://blogdobranquinho.blogspot.com.br/2013/08/maratona-baltico-2013-0014-auschwitz.html

quarta-feira, 6 de maio de 2015

Panelaço é Censura!

Ontem preparava o meu prato para jantar quando ouvi apitos e panelas batendo. Devia ser algo orquestrado contra o governo, pensei. Liguei a TV e não deu outra: programa eleitoral do PT. Numa casa próxima havia uma pessoa urrando palavrões contra Dilma. Em outra parte da rua alguém soltou fogos. Não, as pessoas não agiram espontaneamente.

JN omite fatos contra o PSDB e escandaliza contra o PT
Próximo à minha casa tem um prédio onde moram servidores públicos, bancários, professores e principalmente assalariados da iniciativa privada. Não tem burguês. Não tem gente com canais para mandar dinheiro prá Suíça ou sonegar em grande estilo. Cheio de gente com potencial para ser vítima de terceirização ou levar porrada de polícia durante greve. Alguns bateram panelas e apitaram. Freud explica? Marx explica? Talvez Globo explique..

Vi o programa do PT.

Boa qualidade, enfocando realizações e colocando duas questões fundamentais na conjuntura que desagradam aos senhores que têm os cordões atados aos paneleiros: o combate à terceirização e perdas de direitos sociais e à corrupção e sua principal vertente, o financiamento empresarial de campanhas.

Nas redes sociais do meu bairro os paneleiros mostravam seus filmes com panelas e xingamentos como uma obra de arte. Felizmente não moro num apartamento, mas imagino querer ver a TV e um vizinho fazer um estardalhaço desses. Ele pode protestar, mas não abusando do meu direito a ouvir a mensagem que ele não quer ouvir. Muitas pessoas que não morrem de amores pelo PT reclamaram dessa intervenção barulhenta. Pegou mal, exceto no Jornal Nacional e na mente dos autores.

Ele não quer ouvir porque já tem sua "verdade" pronta. Ela vem em doses homeopáticas todos os dias pela TV e semanais pelas revistas ligadas aos mesmos grupos de mídia. Então, para que faz barulho? Para calar os outros que tentam mostrar coisas diferentes. Isso é censura.
Aécio e o PSDB convocaram o panelaço para censurar o programa

O pior: é uma censura articulada com o poder de mídia da minoria rica, poderosa e acima da lei que está se sentindo incomodada por 12 anos de um governo que, se não é nenhuma maravilha, não é de se jogar fora. O povo disse isso nas urnas no ano passado, apesar de toda a escandalização e criminalização do PT e Dilma.

O projeto em andamento, mesmo tímido, de reduzir as desigualdades e alçar milhões de pessoas a patamares de renda e consumo inéditos é defensável. O contrário disso, que foi derrotado nas urnas, é a supressão dos avanços em troca de nada. É tirar do pobre para dar ao rico. Mesmo derrotados, através do congresso corrompido por dinheiro de empresas patrocinadoras eleitorais estão tentando acabar com direitos e engessar a democracia. Na pauta, terceirização geral, fim do Mais Médicos, liberação de armas, cadeia para pobres menores de idade, etc.

Panelaço não é protesto: é censura! É o desejo de impedir que as pessoas vejam um programa de TV pelo excesso de barulho. É a vontade de negar a busca pela verdade.  É empurrar cérebro adentro coisas absurdas como "trilhões de corrupção" num país com 4 trilhões de reais de PIB.

Panelaço é fazer seres inteligentes acreditarem que o Brasil vive uma enorme crise e que a solução é tirar dos mais pobres para dar aos aos mais ricos. É acabar com o Bolsa Família, Mais Médicos, direitos do trabalho, etc.

Panelaço é esconder que durante 2 anos tivemos redução de 20% de contas de energia, 5 anos de congelamento da gasolina, redução de impostos e uma série de medidas que protegeram emprego e renda.

Panelaço não liberta, escraviza. Não protesta: impede a manifestação através do acesso à diversidade de informação. Ao impedir essa busca colabora com o sistema de opressão. Assim sendo, o paneleiro é inimigo da democracia. Quer protestar, vá prá rua com sua panela e deixe os outros verem as mensagens que lhes desagradam.

Não, panelaço, infelizmente, não é a expressão livre de pessoas livres. É a massa de manobra escravizada por lavagem cerebral, jogando contra os seus próprios interesses. A propósito, Dilma vai fazer seu pronunciamento do Dia das Mães nas redes sociais. Os paneleiros piram...

Se alguém deixou de ver o programa de ontem, segue o video:

https://www.youtube.com/watch?v=zytysVTYPmQ






sexta-feira, 1 de maio de 2015

1o de Maio : Por que Dilma não foi à TV fazer o discurso aos trabalhadores?

Quando vi gente de direita e a mídia dizendo que Dilma não faria o discurso do 1o de Maio pela TV com medo de um panelaço fiquei indignado e achei que era mentira, pois seria uma demonstração de submissão à minoria amplificada por mídia. Não encontrei desmentidos e depois soube que haveria apenas mensagens em vídeo nas redes sociais, que atingem a menos da metade da população.

Achei isso um desrespeito à classe trabalhadora. Minha veia sindicalista aumentou a pressão e o cérebro passou a exigir a radicalização. É prá ir à TV sim, denunciar a violência contra trabalhadores praticada pelo PSDB, o golpismo do Congresso buscando eliminar conquistas sociais e, num ato extremo, anunciar a retirada das MPs que mudam o acesso ao seguro-defeso, ao seguro-desemprego e à pensão por morte. Dilma, finalmente, assumiria o lado da maioria em oposição à minoria rica e barulhenta por força de mídia. Luta de classes em versão light, mas luta de classes.

Eis que no Paraná o governador Beto Richa resolve meter a mão na previdência dos professores e estes reagem fortemente com mobilização para impedir a votação dos projetos na Assembléia Legislativa. O governador tucano monta um forte aparato policial que reprime com violência a tentativa dos professores se aproximarem do palácio e mais de 150 são feridos. O assunto ganha repercussões que furam a blindagem da mídia defensora do PSDB e chega às páginas internacionais. Entidades como a OAB, Anistia Internacional, CNBB e outras pedem investigação. Um escândalo!

Qual a reação dos que cobravam um discurso de Dilma para apedrejá-la? Silêncio sepulcral! Até onde puderam mostraram os fatos com agressão dos violentos professores a pobres policiais indefesos. Só prosperou na mente dos menos favorecidos mentais. Uma grande parte da população, que respeita a categoria dos professores e apóia suas lutas por educação de qualidade, aliou-se a eles repudiando o ato do governador. Que foi à TV dizendo que professor é que é o bandido na estória.

Cadê o presidente do PSDB, Aécio Neves, que cobra discurso de Dilma mas não fala nada sobre isso? Essa incoerência talvez seja a chave para tornar coerente a suposta incoerência de Dilma ao não discursar pela TV.

Dilma não faz as coisas da cabeça dela. Tem assessores bons, inclusive de marketing. A avaliação desde a votação-relâmpago da PL 4330 é que o ataque aos direitos dos trabalhadores mudou o foco do ódio a Dilma. Muita gente passou a vê-la como a Compadecida da obra de Ariano Suassuna, ou seja, como a protetora a quem se apela em última instância para barrar a diabólica oposição. Resumindo: "veta, Dilma", murmurado por bocas que até poucos dias antes a chamavam de vaca.

A mudança do foco da hipocrisia das vestais da moralidade versus corrupção só de um partido, que levava milhares às ruas pedindo golpe militar, impeachment e morte, perdeu o ímpeto entre 15/3 e 12/4 a ponto dos organizadores desses movimento não marcarem mais nenhum ato, prevendo sucessivos fracassos de público. Com a publicação do balanço da Petrobrás e de alguns indicativos que contrapõem o pessimismo orquestrado da mídia e oposição, o governo se consolidou e o prestígio de Dilma parou de cair. Hoje há uma espécie de trégua a Dilma, que foi a Recife e a Xanxerê sem que um séquito de radicais de direita a vaiasse ou tentasse agredi-la.

Essa avaliação deve ter pesado na decisão de não ir à TV e dar motivação à mídia partidária para chamar um panelaço, vaia, apitaço, etc contra a sua falação. Ou seja, reacender o ódio irracional, que já vem cedendo com a luta de classes entrando na centralidade da política. Bastaria acabar o discurso para o Jornal Nacional mostrar imagens de Higienópolis, Barra da Tijuca, Aldeota e outros bairros de alta renda com madames batendo panelas nas varandas, realimentando novos movimentos, manifestações, etc.

Dilma frustrou isso. Quem quiser criticá-la, que veja os 3 vídeos na Internet, cujos links estão a seguir. Indiretamente, Dilma tirou o poder da TV e transferiu para a esfera virtual. Não deu ibope a novelas decadentes nem a telejornais dirigidos a acéfalos. E sua mensagem, se não é a que esperava, aponta eixos de diálogo com os trabalhadores, de valorização do salário mínimo e contra a terceirização geral dos empregos.


- DIÁLOGO - https://www.youtube.com/watch?v=DJ58NuRobx0
- TERCEIRIZAÇÃO - https://www.youtube.com/watch?v=sFqra2efPnA
- SALÁRIO MÍNIMO - https://www.youtube.com/watch?v=kt3elIvle9Y


Paraná : A "PÁTRIA ESPANCADORA" tucana desmascarada.

Em greve há 50 dias, os professores de São Paulo são desprezados pelo governo Alckmin, que afirma que tudo está normal e não negocia. No passado já foram vítimas da violência policial comum aos governos do PSDB. Hoje é o Paraná conflagrado por um movimento de professores lutando para que o  PSDB não confisque sua previdência para cobrir rombos orçamentários de um governo incompetente e corrupto. Há um padrão tucano de violência contra a classe trabalhadora em geral, com requintes de sadismo em relação aos professores e à educação como um todo.

As vestais tucanas posaram de indignadas para denunciar cortes nas verbas da educação em contraste com a promessa de "Pátria Educadora" feita por Dilma ao iniciar seu novo mandato. Amplificaram com mídia suas denúncias de falta de recursos no PRONATEC e no FIES. Mas, com a blindagem de mídia, nada sai a público sobre as atrocidades cometidas no setor educação nos estados que governam. Exemplo: o fechamento de escolas em São Paulo inchando as turmas existentes em outras unidades.

Agora, exceto Álvaro Dias, que condenou a violência do colega de partido e botou a culpa em Dilma pelo descalabro econômico do estado (???), nenhuma outra personagem de peso do PSDB se pronunciou sobre o massacre policial que feriu mais de 150 professores anteontem em Curitiba. Aécio Neves, convenientemente, não dá um pio, enquanto a mídia aliada cobra de Dilma um pronunciamento do 1o de Maio. Nenhum fala sobre punição a 50 policiais que se recusaram a atirar nos mestres e foram exonerados. Deles nada é cobrado.

Se algum professor votou em Aécio deve se arrepiar ao pensar no que seria da educação no país se ele tivesse ganhado, a partir das demonstrações atuais. Piso salarial nacional subindo 10% ao ano? Esquece! Dinheiro do pré-sal para a educação? Esquece, porque o pré-sal seria entregue aos gringos junto com a Petrobrás! PRONATEC, PROUNI, novas universidades e escolas técnicas? Utopia! O modelo tucano para a educação é a "PÁTRIA ESPANCADORA", ou seja, manter tudo como estava há 500 anos e Lula e Dilma cometeram a heresia de começar a mudar.

Graças aos professores do Paraná e às iniciativas da oposição no Congresso de acabar com direitos dos trabalhadores na mão grande hoje teremos um 1o de Maio classista, como não se via há muito tempo. Hoje não tem rifa prá atrair público ao ato das centrais sindicais: o trabalhador vai porque voltou a enxergar a cara do seu inimigo, mascarada pela mídia numa falsa dicotomia entre "ética hipócrita" e "corrupção do PT". Voltamos ao normal: agora é opressor x oprimido, trabalhador x patrão, esquerda x direita. A luta de classes está de volta, e as coisas ficam mais claras. Parabéns, trabalhadores, pelo seu dia de luta
.