quarta-feira, 31 de julho de 2013

Quem mexeu no queijo do "gigante adormecido"?

Pertenço a uma geração que pegou a descendente do "milagre econômico" dos anos 70 e teve que ralar para botar comida em casa desde cedo. Aos 20 anos trabalhava no BB, pagava minha faculdade e todos os meus gastos. Aos 22 estava casado, antes da formatura. Aos 25 saía do Rio para trabalhar em Fortaleza, deixando para trás toda a história de vida. E não era para ganhar nada parecido na época com os R$ 10 mil que o governo está oferecendo aos médicos agora. Durante toda a carreira como engenheiro não cheguei a receber esse valor, mesmo num banco estatal. E enfrentei condições ruins de trabalho. Fazia parte.

Minha geração, talvez por ter passado por essa experiência, não quis que seus filhos passassem pelo mesmo. Alguns acabaram criando filhos superprotegidos, desses que agora estão aí beirando os 30 anos morando com os pais, fazendo superespecializações uma atrás da outra ou viraram concurseiros profissionais buscando altos salários no dia que entrarem no mercado de trabalho. E os pais de certa forma concordam com isso. Para os filhos, com o queijo certo (vide o livro  "Quem mexeu no meu queijo") pelo acolhimento paternal, resta a tranquilidade de continuar buscando o melhor sem se preocuparem com o resto, já que os pais seguram as barras.

Hoje aposentado olho as trajetórias dos amigos e parentes que chegaram ao final das carreiras profissionais situados nas classes A e B de renda. Os da classe A, burgueses, donos de negócios, têm uma solução para os filhos que não saem dos ninhos: botam para trabalhar com eles, nem que seja por figuração. Quem saber um dos filhos não leva jeito para a coisa e lhe garante uma sucessão tranquila quando se afastar do negócio, mantendo-lhe a renda?

Já os da classe B, altos funcionários públicos, de estatais e mesmo de empresas privadas, que fizeram planos de previdência complementar e fizeram poupanças e investimentos em títulos e ações, passam por um momento de crise. Quem acreditou que os juros de FHC continuariam para toda a vida, recebendo sem trabalho nem risco algo em torno de 1% ao mês já descontada a inflação pelas aplicações no mercado financeiro, agora se vê com algo em torno de 0,4%, se for algo realmente "prime". Com a inflação na faixa dos 6% e a SELIC em 8,5%, a realidade hoje é de país capitalista avançado, onde hoje se paga muito pouco para dinheiro em aplicações.

Esse desabamento de renda aconteceu no período Dilma, pois até o fim do governo Lula o tucano Meirelles garantia no Banco Central as altas taxas de juros impostas pelos especuladores e bancos. Em menos de 1 ano Dilma reduziu a SELIC praticamente à metade, e trouxe os juros reais para a faixa dos inacreditáveis (diante do histórico) 2% ao ano. Como quem lê a Veja está nas faixas A e B, e o discurso é o do governo ladrão, que rouba nos impostos, etc, é normal que os filhos das pessoas que estão vendo o padrão de vida cair por conta da queda dos juros ouçam em casa praguejamentos contra Dilma, Lula e o saudosismo do FHC.

E aí, o que tem a ver isso com o "gigante adormecido", aquela galera que foi ás ruas achando que o Brasil foi descoberto agora por eles? Uma parte pode ter sido aquela cujo queijo foi mexido. Aquela que agora chega em casa e começa a ver restrições a uso do carro, a dinheiro para a balada, para viagens, para os eletrônicos de última geração e até aqueles toques tipo "não quer fazer um concurso para algo mais fácil" ou "não está na hora de parar de se especializar e começar a trabalhar de verdade?". A crise da especulação financeira pode estar solapando o padrão de vida dos lares da classe média e tirando da cama os que dormiam o sono tranquilo do mundo sem solavancos.

Qual a alternativa que o capitalismo teria para os "adormecidos"? O empreendedorismo. O Brasil, com taxas reais de juros na base de 14%, não tinha espaço para empreendimentos com retorno de pelo menos 20%. Muitos projetos foram engavetados porque era mais fácil botar o dinheiro num papel e receber os rendimentos sem risco nem trabalho. Agora que os juros reais estão na faixa dos 3%, seria a hora de criar negócios que rendam mais que isso. A economia deveria estar passando por um movimento de investimentos para escapar da baixa (em termos brasileiros) remuneração do capital no sistema financeiro. Não está, porque o mesmo "adormecido" acompanha o sebastianismo dos juros altos dos seus pais. São os que acreditam nos urubólogos da Globo que noticiam catástrofes econômicas  24 horas por dia há 10 anos.

Os recentes protestos tiveram uma componente golpista para tirar Dilma e colocar alguém que voltasse ao passado de juros altos. Fracassaram, mas não desistiram. Insistem na inflação sem controle, no desastre das contas externas, no pibinho e na necessidade, claro, de aumentar os juros para qualquer coisa. Os próximos meses deverão consolidar a vitória da política anti-juros, mas ficará faltando o empreendedorismo em especial desses que agora sentem que o queijo começa a rarear. Alguns entenderão as mudanças, outros ficarão no mantra do "governo ladrão, que cobra altos impostos e não tem serviços padrão fifa". 

FANOAPÁ 0044 : Cabral se diz humilde e Paes quer construir bairro no lamaçal

O Rio de Janeiro, estado e cidade, estão mal de administração. Nos últimos meses o governador Cabral tem dado demonstrações de FANOAPÁ - Falta de Noção que Assola o País - que vão da postura ditatorial em meio a reivindicações por democracia à cara-de-pau diante das situações absurdas que ele mesmo cria.

Sua polícia conseguiu fazer uma operação desastrada e irregular com helicóptero espalhando balas à vontade para matar o traficante Matemático, arriscando a vida das pessoas do bairro. Depois a PM entra na favela da Maré e mata 8 de uma vez. Isso em meio à onda de protestos contra tudo e contra todos. Para completar, PMs estariam infiltrados nas manifestações atirando coquetéis molotov contraos demais PMs, algo que não se via desde o incêndio do Reichstag que os nazistas fizeram para enquadrar os comunistas ou na armação que culminou com a invasão da Polônia na segunda guerra mundial. Cabral até hoje não explicou sua relação íntima com empreiteiros, tanto na boca livre em Paris como no fim de semana em Porto Seguro. Nem como consegue morar no Leblon sem ganhar para isso, e ainda ter uma mansão em Mangaratiba.

Em meio a tudo isso, Cabral vai à TV implorar para que os manifestantes que agora são seus vizinhos não protestem mais, em respeito aos filhos dele. Diz que a presença do Papa o iluminou, e agora refletiu e está mais humilde. A ponto de anunciar que não irá mais demolir o estádio de natação Julio Delamare.
Esse é um verdadeiro milagre atribuído ao papa Francisco, que desde já passa a concorrer à beatificação.

Já o prefeito Eduardo Paes foi mais longe tanto na falta de noção como na cara-de-pau. Primeiro, pegou uma área que pertence à família dos empresários de ônibus mais ricos do Rio e mandou gastar R$ 24 milhões em área privada para fazer o "Campus Fidei", ou campo da paz, local onde haveria os principais eventos com o Papa. Isso em Guaratiba, sem nenhuma infra de transportes. O fato é que a obra não ficaria pronta para a festa, e não prestou por conta do lamaçal que virou com pouca chuva. Acabou não sendo usado (prejuízo total, exceto para o dono do terreno que "ganhou" uma terraplanagem com dinheiro público), e tudo acabou convergindo para Copacabana, acrescentando mais caos onde já havia faltado metrô, ônibus, infra-estrutura, etc.

Agora vem Paes, com aquela lábia de vendedor de geladeira na Antártida, dizer que vai fazer no local do "Campus Fede" (fede mesmo essa estória toda que já virou caso de polícia) um bairro popular, desapropriando o terreno. Mais uma montanha de dinheiro a jogar fora. Primeiro, porque a área é de manguezal, "non aedificandi". Segundo, porque ao anunciar a possibilidade de construção a gleba passa a ter valor de mercado similar à das áreas próximas, quando praticamente não vale nada hoje por não ser permitido construir. Terceiro, porque tudo está sujeito a alagamento. Enfim, Paes quer continuar enterrando mais dinheiro no lugar como forma de jogar o erro anterior para baixo do tapete. 

terça-feira, 30 de julho de 2013

Brasil melhora em quase 50% o IDH municipal em 20 anos.

Fonte : Facebook
Gostaria de ver essa estatística desdobrada em grupos de 10 anos, já que a primeira década foi perdida com o país executando políticas do FMI de concentração de renda, recessão, desemprego, privatizações, etc. Os dados são do Atlas do Desenvolvimento Humano da ONU, que apontam para uma grande redução de desigualdades entre o norte e o sul. O aumento da expectativa de vida em 9,2 anos no período foi o principal impulsionador, dadas políticas de saúde, saneamento, etc.

Enquanto isso um bando de presunçosos vai às ruas dizer que "o gigante acordou". Na verdade, eles acordaram, foram ao banheiro, fizeram xixi e voltaram a dormir. Como não estão nem aí para esse tipo de dado, não verão a menor importância no avanço, mas continuarão a exigir "padrão Fifa" e iogurte de chocolate amargo diet para suas mães.

PS: o gráfico acima foi colocado no post depois. Alguém ouviu as súplicas por separar em duas décadas para mostrar melhor a realidade, há que a mídia tentou colocar como "trabalho de vários governos" o resultado obtido hoje.

http://www.pnud.org.br/Noticia.aspx?id=3752

O Brasil registrou um salto de 47,8% no Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) do país entre 1991 e 2010, um avanço consistente puxado pela melhora acentuada dos municípios menos desenvolvidos nas três dimensões acompanhadas pelo índice: longevidade, educação e renda. Os dados são do Atlas do Desenvolvimento Humano Brasil 2013, apresentado hoje (29/07), em Brasília, pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), em parceria com o Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada (IPEA) e a Fundação João Pinheiro (FJP). Os dados são calculados com base nos Censos Demográficos de 1991, 2000 e 2010, do IBGE.

O IDHM do Brasil saltou de 0,493 (Muito Baixo Desenvolvimento Humano) para 0,727 (Alto Desenvolvimento Humano). O IDHM Longevidade (0,816) é o que mais contribui em termos absolutos para o nível atual do IDHM do Brasil. É também o componente que apresenta o menor hiato – a distância até 1 – em 2010 (0,184). Esta evolução da dimensão Longevidade reflete o aumento de 9,2 anos (ou 14,2%) na expectativa de vida ao nascer entre 1991 e 2010. Neste mesmo período, o IDHM Longevidade do país acumulou alta de 23,2%. 

O IDHM Educação (0,637) é o que tem a menor contribuição em termos absolutos para o valor atual do IDHM do Brasil e também o que possui o maior hiato (0,363). Mas de 1991 a 2010, o indicador foi o que registrou o maior crescimento absoluto (0,358) e a maior elevação em termos relativos (129%) entre as três dimensões do índice. Saiu de 0,278 em 1991, para 0,637 em 2010, um movimento puxado, principalmente, pelo aumento de 156% no fluxo escolar da população jovem (ou 2,5 vezes) no período. Na mesma comparação, a escolaridade da população adulta, outro subíndice do IDHM Educação, ficou quase duas vezes maior na comparação com 1991 (alta de 82,4%).

No IDHM Renda, o crescimento no período de 1991 a 2010 foi de 14,2%, o equivalente a cerca de R$ 346 de aumento na renda per capta mensal, com números ajustados para valores de agosto de 2010. Apesar do avanço, apenas 11,1% dos municípios avaliados possuem um IDHM Renda superior ao IDHM Renda do Brasil. Uma comparação entre os municípios de maior e menor renda per capta mensal do país, a diferença permanece grande: de R$ 2.043,74 (São Caetano do Sul-SP) para R$ 96,25 (Marajá do Sena-MA). Isso significa que um cidadão médio de São Caetanos do Sul, tinha, em 2010, renda per capta mensal 20 vezes maior que a de um cidadão médio de Marajá do Sena, ou uma diferença de mais de 2.000%. O método de cálculo do IDHM Renda aplica uma fórmula logarítmica que aproxima os maiores valores de renda per capita dos menores e, com isso, reduz a disparidade de renda existente na perspectiva intramunicipal. 

segunda-feira, 29 de julho de 2013

Mesmo com sabotagem, necessitados terão médicos (de verdade) brasileiros.

Como é que se explica cerca de 18,4 mil médicos se inscreverem para trabalhar no interior e nas periferias e apenas 3,9 mil confirmaram seus cadastros para atender a 8 mil vagas em 3.600 municípios? Apenas 21% dos inscritos!

Nos primeiros dias de inscrição houve indícios de fraude a partir de uma campanha de má-fé, promovida por profissionais sem ética e sem noção, que teria como objetivo fazer inscrições no programa Brasil Mais Médicos para depois ninguém ir, atrasando a colocação de profissionais no interior e a importação de profissionais. Em poucos dias o número chegou a 12 mil "interessados", o que fez a Polícia Federal investigar a possibilidade de sabotagem.

Pegou muito mal para a categoria. Uma vergonha! Além disso, uma corja de 8.307 possíveis não-médicos fez inscrições com números de CRM falsos.  Será que temos tantas pessoas cruéis o suficiente para negar aos mais necessitados o atendimento de saúde, por razões que vão da ideologia à oposição irresponsável?

Agora os sabotadores terão que engolir a importação de profissionais de outros países. O povo pediu saúde nos protestos das ruas. O governo vai atender. Não era isso? Então voltem às ruas para dizer que foi só demagogia. Aos que atenderam ao chamado, o nosso especial respeito. Médicos com M maiúsculo.

Agência Brasil  - http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2013-07-29/brasileiros-que-concluiram-cadastro-do-programa-mais-medicos-sao-21-dos-inscritos

Brasileiros que concluíram cadastro do Programa Mais Médicos são 21% dos inscritos

29/07/2013 - 15h42
Yara Aquino
Repórter da Agência Brasil
 
Brasília – O balanço final do Programa Mais Médicos contabilizou 3.891 médicos com diploma brasileiro inscritos que finalizaram o cadastro para participar da iniciativa. O total corresponde a 21% dos 18.450 médicos brasileiros e estrangeiros que se inscreveram inicialmente no programa. O prazo para os inscritos completarem o cadastro e apresentarem documentos venceu às 11h59 de domingo (28).
O balanço final do programa foi divulgado hoje (29) pelo secretário de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde do Ministério da Saúde, Mozart Sales, ao participar de audiência pública no Conselho Nacional do Ministério Público.
Os médicos com diploma estrangeiro que entregaram a documentação são 766, mas o número ainda deve aumentar, já que eles têm até 8 de agosto para concluir o processo. O total de médicos com diploma estrangeiro inscritos foi 1.920.
Em balanço divulgado sexta-feira (26), dos 18.450 inscritos, 3.123 médicos já haviam entregado os documentos necessários e 8.307 apresentaram números inválidos de registro em conselhos regionais de Medicina.
Os municípios que aderiram ao programa são 3.511. Juntos, eles demandaram 15.460 médicos para trabalhar na atenção básica.
Lançado em julho, por medida provisória, o Programa Mais Médicos tem como meta levar profissionais para atuar durante três anos na atenção básica à saúde em regiões pobres do Brasil, como na periferia das grandes cidades e em municípios do interior. Para isso, o Ministério da Saúde pagará bolsa de R$ 10 mil.
O programa também prevê a possibilidade de contratar profissionais estrangeiros para trabalhar nesses locais, caso as vagas não sejam totalmente preenchidas por brasileiros. A medida tem sido criticada por entidades de classe, sobretudo, pelo fato de o programa não exigir a revalidação do diploma de médicos de outros países.
Edição: Nádia Franco//

Tarso Genro ouve as ruas e chacoalha a esquerda

Na busca de explicações para o que aconteceu em três semanas de junho levando milhões de pessoas às ruas, segue o link para uma entrevista com o governador Tarso Genro (PT), do Rio Grande do Sul, onde tenta explicar o fenômeno e cutuca a esquerda que confunde os movimentos reais com os estereótipos vendidos pela mídia. A entrevista é do jornalista Marco Weissheimer, do blog Sul 21. Um trecho onde critica a "esquerda polyanna":

..."“A ingenuidade de uma parte da esquerda meio pollyana”
O que me pasma é uma certa ingenuidade de uma parte da esquerda  meio “pollyana” a respeito das manifestações do início de julho, pela qual confundem  as autênticas manifestações dos estudantes e de certos novos movimento sociais – que aliás já estão na cena pública há mais de duas décadas-  com a instrumentalização que a mídia oposicionista fez do próprio movimento, direcionando-o para dois níveis: primeiro, desgastando as funções públicas do Estado, principalmente nas áreas da saúde e do transporte público das grandes regiões metropolitanas e, segundo, pretendendo “apagar” da memória popular, de forma totalitária, as grande conquistas  dos governos do Presidente Lula, seguidas pelo governo atual da Presidenta Dilma, na base do “gigante acordou”, que tanto deleitou as classes médias mais conservadoras.  Tudo isso veio combinado com um ataque aos partidos e aos políticos em geral, que atingem a própria democracia, que certamente na visão destes conservadores deve ser substituída por um processo “limpo”, de manejos tecnocráticos,  feito por gerentes do capital financeiro."...

domingo, 28 de julho de 2013

VIAGEM : Cachoeiras de Visconde de Mauá (RJ)

Cachoeira do Escorrega
Visconde de Mauá é um lugar disputado. O vilarejo fica no município fluminense de Resende. A principal área comercial - Maringá - divide-se entre os municípios de Itatiaia (RJ) e Bocaina de Minas (MG), separada apenas por uma ponte de pedestres. As cachoeiras mais próximas também são divididas: Escorrega, Poço de Maromba e Véu da Noiva estão em Itatiaia, e Santa Clara está do lado mineiro. O Rio Preto, que domina Visconde de Mauá, é a divisa interestadual Nasce o Pico das Agulhas Negras, que fica no Parque Nacional de Itatiaia. Perde-se a conta de quantas vezes se vai a Minas ou Rio passeando por Mauá, à medida que se cruza as pontes.

Cachoeira Véu da Noiva
Poço de Maromba
A cachoeira do Escorrega fica no final da estrada de Visconde de Mauá, passando-se por Maringá e Maromba. É o melhor lugar para a aventura de escorregar pela pedra molhada pela correnteza do Rio Preto e cair num poço razoavelmente fundo, o suficiente para não se bater no fundo. A estrada é estreita, as opções para estacionar são poucas, e há um estacionamento pago a R$ 5. No local há um restaurante de preços extorsivos. Uma simples cerveja de 600 ml da marca Serra Gelada, fabricada em Mauá, é oferecida por R$ 18,00.
Cachoeira de Santa Clara

Voltando à estrada principal e andando mais 1 km chega-se ao Poço de Maromba, com uma pequena cachoeira e um grande lago. Difícil de parar carro. Muito bonito. Voltando no sentido Maringá dobra-se à direita depois de andar por 1 km e em seguida chegamos à entrada da Cachoeira Véu da Noiva. A mais bonita das quatro visitadas hoje.


Depois de passar pelo centro de Maromba, lugar que já foi point hippie nos anos 70, pega-se uma ponte à esquerda para a Cachoeira de Santa Clara, que não é das melhores para se tomar banho mas é muito diferente. Um km adiante fica a fazenda de criação de trutas, muito interessante.

Para completar o dia a recomendação é comer as trutas criadas na região. Há bons restaurantes em Visconde de Mauá. Num deles há a "casquinha de truta", comida criada na região, excelente.


YOUTROUXA 0039 : Passagens de transportes embutem superfaturamento de obras no preço


Como é que se determina o valor de uma passagem de transporte coletivo? Uma parte do preço que você paga é dos custos variáveis, ou seja, aqueles que só ocorrem quando o veículo anda: combustíveis, manutenção, limpeza, estacionamentos, pedágios, eletricidade (caso de trens e metrôs), imposto sobre faturamento, salários de motoristas, fiscais e condutores, etc.

Outra parte vem do custo fixo, ou seja, aquele que mesmo que o veículo não ande será pago: impostos fixos, pessoal de escritório, gastos com publicidade, aluguel de prédios, amortização dos equipamentos, juros sobre empréstimos para os investimentos e depreciações.

Sobre tudo isso há o lucro do empreendedor, público ou privado.

As planilhas de custos mostrarão o primeiro bloco com mais clareza,  mas no segundo grupo é que está o pulo do gato. Um metrô como o de São Paulo, superfaturado conforme denunciado pela Siemens (pelo menos em R$ 450 milhões) exigirá que esse "plus" seja colocado no preço final da passagem para dar a rentabilidade exigida pelos investidores. Ou seja, na hora do cálculo do preço o dono do meio de transporte dirá que gastou um certo valor nas obras, equipamentos, etc, e isso terá que ser reposto até a obsolescência através de uma parte do preço dos serviços, considerado um número de usuários, etc.

Moral da estória: a corrupção embutida no superfaturamento virará, para sempre, uma parte do preço da passagem. Aí o povo vai às ruas pedir passe livre ou subsídios. Constata que os preços de passagens evoluíram acima da inflação e que os proprietários dos meios de transportes ganharam mais com isso. Congela-se as passagens e pede-se para ver as planilhas de composição dos preços, onde a corrupção embutida não será mostrada. Começará a luta por centavos. E os corruptos e corruptores nada pagarão por isso. No fim das contas, o contribuinte pagará os subsídios para zerar ou baixar preços de passagens.

Meu amigo, minha amiga, todos os que foram às ruas fazer ou apoiar a luta por redução de preços de passagens: onde estão vocês sabendo-se da roubalheira no metrô paulista que é responsável por parte do confisco dos seus salários toda vez que pagam uma passagem? Ninguém vai pedir cadeia para os ladrões? Tudo o que se fez nas ruas foi só pela PEC 37 que a Globo promoveu  junto com mascarados anonymous? Se era só por isso, o título de trouxa lhe cai bem. E é pouco.



Mídia Bandida 0025 : Isto É quebra cartel e entrega roubo milionário dos tucanos no metrô de São Paulo

O último capitalista venderá a corda com que irão enforcá-lo, se isso lhe der lucro. Lenin disse mais ou menos isso. O cartel da mídia está em xeque. Até quando continuará coeso diante da democracia da informação da Internet? Parece que a Isto É está começando a vender cordas. Há duas semanas mostra coisas que Globo, Veja, Estadão, SBT, Band, Folha, ninguém mostra porque atinge o coração das finanças do demo-tucanato. http://www.viomundo.com.br/denuncias/istoe-assalto-tucano-em-sao-paulo-foi-de-r-425-milhoes.html

sábado, 27 de julho de 2013

Bocaina de Minas (Visconde de Mauá) : Cachoeiras do Alcantilado

Passeio imperdível para quem visita Visconde de Mauá (RJ) é o conjunto de cachoeiras do Alcantilado. Fica a menos de 10 km da Vila de Mauá, andando-se 4 km na estrada que vai para Maromba e outros 6 km na estrada que vai para Mirantão e Bocaina de Minas, já em MG, ambas de terra. No caminho há o Museu Duas Rodas, com quase 200 tipos de motos.
Mirante das Candeias
Cachoeira da Muralha
Cachoeira do Lajeado
Cachoeira Poço da Areia
Cachoeira do Açude
Cachoeira Poço das Raízes
 Acredito que seja a a atração mais visitada na região, pois o estacionamento estava lotado com cerca de 100 carros, muitos de cidades do Vale do Pàraíba de visitantes a passeio apenas de um dia.

A propriedade é particular, e paga-se R$ 10 por pessoa acima de 6 anos. Levamos 3 horas no passeio pelas 9 cachoeiras, sendo apenas a última e maior, a do Alcantilado, a de mais difícil acesso numa trilha de montanha com 250 m de extensão. Os piores 250 m de todo o percurso. Nada que pessoas idosas ou crianças não subam. Tombos fazem parte da aventura. 
Cachoeira Toca do Penhasco

Cachoeira do Alcantilado
Vista da Cachoeira do Alcantilado
Gruta do Granito
Ao final de tudo tomamos banho na Cachoeira Poço da Areia, uma das primeiras do percurso. Mesmo tendo feito todo o exercício do percurso foi difícil tirar a roupa. Mais difícil ainda foi ficar com água até o joelho. A temperatura parecia a de quando colocamos formas de gelo no congelador e a água está prestes a congelar. Heróico foi mergulhar e nadar. Depois disso, o frio deixou de fazer sentido. 

 Segue a ficha técnica do passeio com dados do Minhas Trilhas do Android. 

Criado por Minhas trilhas do Google no Android.
Nome: Alcantilado
Tipo de atividade: caminhada
Descrição: -
Distância total: 4,31 km (2,7 milhas)
Tempo total: 3:06:06
Tempo de deslocamento: 1:34:44
Velocidade média: 1,39 km/h (0,9 milhas/h)
Velocidade média de deslocamento: 2,73 km/h (1,7 milhas/h)
Velocidade máx.: 14,42 km/h (9,0 milhas/h)
Ritmo médio: 43,23 min/km (69,6 min/milhas)
Ritmo médio de deslocamento: 22,00 min/km (35,4 min/milhas)
Ritmo mais rápido: 4,16 min/km (6,7 min/milhas)
Elevação máx.: 1301 m (4268 pés)
Elevação mín.: 1094 m (3588 pés)
Ganho de elevação: 432 m (1417 pés)
Grau máx.: 36 %
Grau mín.: -94 %











sexta-feira, 26 de julho de 2013

VIAGEM : Circuito Visconde de Mauá / Pedra Selada / Bocaina de Minas / Mirantão/ Visconde de Mauá

Pedra Selada - Resende / Visconde de Mauá (RJ)
Visconde de Mauá, em Resende, tornou-se mais acessível com a recente inauguração da estrada asfaltada. Mesmo assim ainda estão devendo o trecho asfaltado até Maromba. Enquanto isso, o transtorno continua.

RJ-151 - Ponte do Souza (Rio Preto) - Divisa RJ/MG
Bocaina de Minas (MG) - Igreja matriz
Hoje fiz um circuito de Visconde de Mauá a Bocaina de Minas por dois caminhos. Por que Bocaina de Minas? Porque é a conexão com as estradas asfaltadas do estado vizinho. E é a porta de entrada para o que se chama de Montanhas Mágicas da Mantiqueira, que tem em Aiuruoca um dos principais atrativos, com cachoeiras e belas montanhas. Para quem vai do Rio até lá o caminho é por Juiz de Fora, São João d'el Rey. E de Mauá, para quem já está na Mantiqueira? É melhor ir pela estrada estadual da divisa, a RJ 151, ou a estrada vicinal que passa por Mirantão?

Bocaina de Minas (MG) - Vista da cidade
Santo Antônio - distrito de Bocaina
Pedra Selada vista da estrada para Mirantão
Mirantão
Fomos de Mauá a Bocaina de Minas pela RJ-151, passando por Campo Alegre e pela entrada da trilha que leva à Pedra Selada, uma montanha visível em toda a região. Na localidade de Rio Preto cruzamos o rio de mesmo nome e pegamos a estrada que vai de Resende para Bocaina de Minas, levando 1:30h no percurso. No trecho antes de cruzar o rio a estrada é de terra mas razoavelmente lisa por 25 km. Depois são 16 km de serras e mais serras, belíssimas porém íngremes e perigosas num dia como o de hoje, com trechos enlameados por conta da chuva dos últimos dias.

Bocaina não tem muitas opções para refeições. Nem para turismo. Tem um ônibus diário para Resende, que sai às 8h, e a viagem de volta é às 15h. Assim sendo, quem não tiver carro e for tratar de assunto nos confins do município do distrito de Maringá, divisa com Visconde de Mauá, terá que ir num dia e voltar no outro. Ou pegar uma van que sai de manhã de Visconde de Mauá e voltar no final da tarde.

Mirantão
Mirantão
Mapa geral - Ponte dos Cachorror
Seguimos 2 km pelo asfalto até entrar para Santo Antônio por 12 km em outra estrada de terra razoável. Depois foram mais 11 até Mirantão, no trecho mais perigoso da viagem: subidas íngremes escorregadias que às vezes tiravam a direção por escorregamentos, e descidas onde era difícil fazer o carro parar pela falta de atrito. Mirantão hoje se preparava para uma grande festa junina à noite, com uma imensa fogueira na praça. Para se ter uma belíssima vista da região, inclusive da Pedra Selada, é preciso subir a íngreme ladeira da igreja e depois uma rua ao lado dela, chegando ao topo do morro.

De Mirantão a Visconde de Mauá via RJ-151 percorremos mais 16km pegando a Ponte dos Cachorros. Mais serras perigosas. Na volta de Bocaina de Minas levamos um pouco menos de tempo via Mirantão. O caminho parece ser a melhor opção se o tempo estiver firme, sem lama. Ainda há uma alternativa que sai de Maringá para Mirantão, que usaremos amanhã para conhecer cachoeiras da região. Segue a ficha técnica:


Criado por Minhas trilhas do Google no Android.

Distância total: 75,78 km (47,1 milhas)
Tempo total: 2:55:59
Tempo de deslocamento: 2:37:19
Velocidade média: 25,84 km/h (16,1 milhas/h)
Velocidade média de deslocamento: 28,90 km/h (18,0 milhas/h)
Velocidade máx.: 83,47 km/h (51,9 milhas/h)
Ritmo médio: 2,32 min/km (3,7 min/milhas)
Ritmo médio de deslocamento: 2,08 min/km (3,3 min/milhas)
Ritmo mais rápido: 0,72 min/km (1,2 min/milhas)
Elevação máx.: 1386 m (4546 pés)
Elevação mín.: 889 m (2916 pés)
Ganho de elevação: 1894 m (6214 pés)
Grau máx.: 27 %
Grau mín.: -23 %
Registro: 26/07/2013 12h00









Vi

Bolsa Família : Ódio não é só por 80 reais

Por que alguém odiaria um programa que permite que os mais pobres sobrevivam recebendo uma migalha do governo? É pelos 80 reais por criança beneficiada pelo Bolsa Família? Vejo pelo menos 3 grandes razões cruéis para algumas pessoas saírem pela internet espalhando mensagens e a mídia gastar espaços contra o o programa que está acabando com a miséria absoluta no Brasil.

1 - Os eugenistas / genocidas / malthusianos / darwinianos sociais - partem da idéia de recursos limitados para a população, ou seja, o mundo tem gente demais por isso a população tem que ser reduzida "naturalmente" pela fome, desassistência, doenças, etc. Odeiam os pobres porque têm muitos filhos que gerarão muitos mais filhos, etc. Enfeiam o seu visual, submetem-nos a cenas de mendigagem, etc. São os que não querem médicos no interior, são contra o combate à seca no nordeste com a transposição do São Francisco, contra novas hidrelétricas (viés ambientalista) para suprir as necessidades de gente pobre (por tabela, contra o programa Luz Para Todos). Para alguns, a "solução final" nazista seria um recurso válido: campos de concentração para pobres. Os 80 reais são irrelevantes, pois o ódio é à miséria da qual querem distância. Reconhece-se pelo uso da palavra "petralha" contra os que defendem pobres. Babam quando falam a palavra "mensalão". Acham um absurdo empregada doméstica ter direitos.

2 - Os que pensam mais ou menos como os do caso anterior, mas não querem parecer tão cruéis. Aí entra o bloco dos "coxinhas", que têm horror à miséria, escondem parentes que moram no subúrbio ou no interior, parecem ter nascido espontaneamente sem origens sociais. Embarcam na onda do "pobre tem mais é que trabalhar para ganhar dinheiro", curtem Raquel Sherazade e Reinaldo Azevedo, dizem que os programas de combate à exclusão são apenas eleitoreiros e que os gastos saem dos seus bolsos. São em geral da classe média, pequenos burgueses ou assalariados das faixas mais altas. Ou "self-made peopole", os que dizem que saíram da pobreza porque lutaram muito e os demais são preguiçosos e por isso não ganham dinheiro. Agora são os que mais aparecem nas redes sociais pregando contra o Bolsa Família, dizendo que os participantes não deveriam votar, pregando voto nulo, voto facultativo, tudo para excluir a grande maioria do povo da cidadania. São pelo voto censitário, ou seja, só os ricos teriam condições de escolher bons candidatos, e assim termos uma política menos corrupta (tão inocentes...). Sâo os que dizem que o PT fez o governo mais corrupto da história e que o gigante acordou agora (perderam o resto da história, porque não conheceram os governos de JK, ditadura, Collor, Sarney, FHC e outros que saquearam o país). Também há os que acham que os pobres são pobres por determinação do destino, divina ou não, e no máximo aceitam a caridade individual como forma de aliviar suas almas.

3 - Os capitalistas. A classe dominante que reproduz capital através do trabalho não pago (alienado) dos mais pobres. São os que dão a pauta à mídia, os que patrocinam o golpismo. Entre eles estão os rentistas, os especuladores do capital financeiro, que estão tendo suas rendas sem trabalho cortadas à metade com a taxa de juros mesmo na faixa de 8,5%. Eles vendem a idéia do país em crise econômica, do descontrole social, do golpe pela toga ou pela farda, enfim, a idéia de tirar o governo que está aí para voltarem a ter grandes rendimentos e boas oportunidades de enriquecer com privatizações. São contra o Bolsa Família por motivos de classe: Lula e Dilma tiraram do mercado de mão-de-obra praticamente gratuita cerca de 40 milhões de pessoas que exerceriam "dumping" salarial e de direitos caso fossem lançadas ao mercado, mesmo desqualificadas. Já não conseguem mais empregar crianças, mulheres e idosos por pratos de comida. Não conseguem mais manter homens em semi-escravidão, rendendo mais-valia absoluta. Chamam a isso de "perda de competitividade" com os estrangeiros e "custo Brasil" aos direitos trabalhistas. Não têm pudor nenhum em sustentar ditaduras, em pagar a milícias ou grupos paramilitares para eliminar todos os que se opuserem ao seu "direito" de enriquecer em cima da miséria alheia.  Para eles, os  80 reais custam muito mais caro, mesmo que não paguem nada por isso com impostos sobre suas rendas e patrimônios absurdos.Dizem que querem o estado mínimo mas de fato querem que os impostos pagos pela classe média sejam repassados aos seus negócios, daí acabar com todos os gastos sociais ser mais dinheiro sobrando para eles. Além disso os 80 reais impedem a livre reprodução do capital.






quinta-feira, 25 de julho de 2013

Papa quer se colar ao modelo brasileiro de combate à exclusão

Ontem ri muito ao receber de um pobre coitado um link para uma matéria de fonte de direita que dizia que Dilma seria oportunista com armadilhas políticas  para o Papa, como se quisesse se colar á sua imagem e evitar vaias.

A Jornada Mundial da Juventude foi programada há alguns anos. Francisco ainda não era o papa. A Igreja Católica vem sentindo o esvaziamento pela falta de vocação dos jovens, pelo envelhecimento dos fiéis e principalmente pela concorrência dos evangélicos com sua Teologia da Prosperidade. O Rio de Janeiro não foi escolhido à toa: é o segundo estado menos religioso e menos católico do país. Os dados são do estudo Novo Mapa das Religiões, da FGV.

Fonte : CPS/FGV a partir do Gallup World Poll
A escolha de Francisco para papa segue um projeto de reaproximação do degenerado porém riquíssimo Vaticano com o setor mais populoso do mundo, no caso, os pobres, algo que desde João Paulo II havia sido destruído com a perseguição à Teologia da Libertação. Não que Francisco seja adepto dela, aliás, sobre ele pairam suspeitas de colaboração com a ditadura argentina. 

O Brasil tem referência mundial em combate à exclusão graças aos governos Lula e Dilma, nos últimos 10 anos. Mais de 40 milhões de pessoas saíram da miséria. Exceto os direitistas, anti-petistas e anti-lulistas, todo mundo vê isso como positivo. Inclusive os que querem se colar ao discurso do combate à exclusão para interesses diversos.

Aí devolvo ao meu amigo a questão: quem está montando armadilha política? Quem quer rebanho em cima de trabalho sério, árduo, combatido pelas elites? O papa quer sair bem na foto com Dilma, pois isso lhe agrega valor à tese que pretende difundir pelo mundo, e muitos esperam que seja sincera e não uma mera jogada de marketing para angariar simpatias e rebanhos. Especialmente no terceiro mundo.





http://ucho.info/vaticano-critica-oportunismo-de-dilma-e-descarta-embarcar-nas-armadilhas-politicas-da-presidente

quarta-feira, 24 de julho de 2013

ONU aprova programa "Brasil Mais Médicos"

Para os burocratas da superestrutura dita representativa do setor médico e a direita eugenista chorarem: 

Programa Mais Médicos é coerente com recomendações da Organização Pan-Americana da Saúde
23 de julho de 2013 
A Organização Pan-Americana da Saúde e da Organização Mundial da Saúde (OPAS/OMS) no Brasil informou que está acompanhando do debates nacionais sobre como fortalecer a atenção básica e primária de saúde no Brasil. A OPAS/OMS vem trabalhando com atores nacionais para dar seus aportes e vê com entusiasmo o recente pronunciamento do Governo brasileiro sobre o Programa “Mais Médicos”.
Segundo a OPAS/OMS, essas últimas medidas guardam coerência com resoluções e recomendações da Organização sobre cobertura universal em saúde, fortalecimento da atenção básica e primária no setor saúde equidade na atenção à saúde da população. O Programa também está direcionado a construir uma maior equidade nos benefícios que toda a população recebe do Sistema Único de Saúde (SUS).
O Brasil apresenta uma média de médicos com relação a sua população menor que a média regional e a de países com sistemas de referência, tanto nas Américas como em outras regiões do mundo. Para a Organização, são corretas as medidas de levar médicos, em curto prazo, para comunidades afastadas e de criar, em médio prazo, novas faculdades de medicina e ampliar a matrícula de estudantes de regiões mais deficientes, assim como o numero de residências médicas. Países que têm os mesmos problemas e preocupações do Brasil estão colhendo resultados da implementação dessas medidas.
A OPAS/OMS afirma que, em longo prazo, a prática dos graduandos em medicina, por dois anos no sistema público de saúde, deve garantir, juntamente com o crescimento do sistema e outras medidas, maior equidade no SUS.

terça-feira, 23 de julho de 2013

Rio : Metrô parado e "meio-feriado" tumultuam a cidade

Ontem chegou o Papa ao Rio, mas hoje o trânsito ficou do jeito que o diabo gosta. Se tivessem pensado numa sabotagem aos cidadãos e aos milhares de visitantes da Jornada Mundial da Juventude não seria tão perfeito.

Precisei ir ao centro agora à tarde, mas me esqueci que a Câmara de Vereadores aprovou um tal "meio-feriado" a partir das 16h para "facilitar o tráfego", já que hoje haverá a missa de abertura da JMJ em Copacabana e são previstas 500 mil pessoas por lá. Acontece que nos dias normais há um certo escalonamento nos horários de saída do trabalho, das 16h às 20h, o que permite o escoamento de pessoas e a organização dos transportes de forma a ter impactos bem menores que, de repente, todos saírem às 16h. E não foram todos, pois boa parte do comércio continuou funcionando normalmente.

Quando entrei na R. Uruguaiana vindo da Presidente Vargas a pé andei contra uma correnteza humana que alguém poderia pensar tratar-se de uma passeata, vindo do Largo da Carioca. Na Presidente Vargas os pontos de ônibus já estavam lotados. Fui até o Largo da Carioca e quando voltei vi o metrô fechado. Andei para a Uruguaiana. Idem. Presidente Vargas, Central, todas as portas fechadas. Ninguém informava nada. Por mim, tudo bem, gosto de andar e fui caminhando até pegar o ônibus já na Tijuca, uns 4 km depois. O problema era com os participantes da JMJ.

Ontem estava na fila de ingressos do  metrô e um grupo de americanos que estava junto tinha dúvidas sobre como chegar à estação Presidente Vargas. Ofereci ajuda, expliquei que não precisavam saltar na Central e voltar, pois o trem parava lá. Perguntei para onde iam: Jacarepaguá, bem longe dali, onde estavam hospedados em casas de pessoas da paróquia. Como naquele horário os arredores da estação são sinistros, perguntei como pegariam ônibus. Alguém mostrou um número de celular de contato. Liguei e disseram que o ponto de encontro era na saída da roleta, e daí guiariam para os ônibus.
Metrô S. Peña fechado às 18:15h

Quando cheguei à estação S. Pena, havia dois voluntários da JMJ  com uma plaqueta de ajuda. Creio que se estruturaram a partir das estações do metrô, e a falta dele deve ter sido uma calamidade organizativa. Por toda parte na minha caminhada encontrei grupos de jovens olhando mapas, procurando em guias, ofereci ajuda, as pessoas queriam ônibus. Justo quando todos passavam lotados, sem abrir a porta para receber passageiros.

E ainda tem uns manés que dizem "se está ruim agora, imaginem na Copa". Ora, a Copa será fichinha perto da JMJ. O Rio deverá receber turistas de elite, bem organizados e informados, num número que não deverá chegar a 100 mil. O que temos hoje na cidade é bem mais que esse número, de pessoas que não têm os recursos dos torcedores, espalhados por toda a cidade e região metropolitana, dependendo de transportes coletivos e principalmente da boa vontade da população. Imagino o esforço de logística que devem estar fazendo para as coisas darem certo. Da parte das autoridades falta compreender que a infra-estrutura de transportes não pode falhar. E parar de inventar novidades que, na prática, complicam a vida do carioca e dos visitantes.

Protestos : O fascismo dos "heróis mascarados"

Ontem fui atrás de presenciar os principais fatos e atos da visita do papa Francisco ao Rio de Janeiro. No centro da cidade tive a oportunidade de filmá-lo passando a poucos metros perto da Catedral Metropolitana (clique aqui para ver o filme). Depois fui a´Teatro Municipal, na Cinelândia, ver a concentração das pessoas da Jornada Mundial da Juventude que estavam lá para vê-lo passar em carro aberto. Por fim, segui para o Largo do Machado para testemunhar as manifestações que haveria perto do Palácio Guanabara. Lá aconteceria a recepção das autoridades ao papa, com a presença de Dilma, Cabral, ministros, etc.

Ao lado da igreja havia 30 cavalarianos da PM e uns 50 militantes do PSTU/Conlutas com cartazes e faixas contra o governador Sérgio Cabral pacificamente postados lado a lado. Mais adiante, em direção ao Palácio, um grupo maior de uns 300 militantes LGBT com cartazes questionando o Papa sobre aborto, casamento gay, etc. Duas mulheres com os seios de fora. Antes andaram protestando em frente à igreja enquanto beatas entoavam hinos religiosos


 Cartazes pelo estado laico. Contra a repressão policial. E mais polícia nas laterais da rua. Por volta das 18h a massa se movimentou em direção ao Guanabara, ficando retida antes de chegar á frente do Fluminense, ou seja, a uns 300 m de onde o papa estaria, praticamente sem visão do local. Depois chegou um grupo que distribuiu um documento chamando-se Frente Revolucionária em Defesa dos Direitos do Povo, que começa com uma citação de Mao Tsetung, também com foco no "fora Cabral". Alguém projetava num prédio próximo slides anti-Cabral. Num poste, colocou-se um boneco tipo Judas também representando Cabral. Em suma: havia os que dirigiam o protesto em relação às posições da Igreja e ao Papa, e outro questionando autoridades, com foco em Cabral.

A polícia militar se postava bloqueando a rua Pinheiro Machado de lado a lado. Umas três fileiras de policiais, tendo na retaguarda um veículo blindado "Caveirão" e outro com jato d'água, esperavam qualquer ataque. Até aí, o protesto se resumia à presença das pessoas, palavras de ordem, etc. Grande mídia ausente, mas era muito grande a quantidade de pessoas que estavam lá para registrar o evento. Inclusive eu mesmo. Gente que não gritava nada, não levava nenhum cartaz ou camiseta de protesto. Fotógrafos free-lancer, blogueiros, etc. Um grupo de índios também protestava contra as desocupações forçadas.

Pouco antes das 19h se tentou colocar fogo no "judas", sem sucesso. Aí chegou  a tropa dos mascarados. Algumas das máscaras eram de pano, outras eram à prova de gás mesmo. Uns 10. Foram até a grade que separava os policiais. Pelo caminho vi pessoas pedindo para que eles não se aproximassem. Alguns lembravam o vilão Darth Vader de  Star Wars, com roupas predominantemente pretas e grandes máscaras. Eram rapazes e moças cujo físico em nada lembrava policiais à paisana, embora alguns os provocassem gritando "P2", ou seja, policiais secretos da PM. Passavam pelas pessoas como se não as vissem, com arrogância. Voltaram das grades, recolocaram o boneco no poste e atearam fogo. Do nada surgiu um cone laranja que também foi queimado. Vi gente pedindo para não queimarem e assim evitar o início de confrontos. Nada feito. Tudo queimou, e a polícia não fez nada. Estranhei a histeria em meio à fogueira, que também contaminou outros que estavam presentes, e o mantra "fora Cabral" soando na "celebração".


Ainda vi um zumzum por conta de gente gritando "pega ladrão" e correria. Ninguém foi pego. Vendo que logo iria haver pancadaria e sabendo da existência de outros acessos, questionei-me se haveria outros protestos em paralelo. Dei a volta no quarteirão e a primeira rua estava completamente bloqueada por policiais, que revistavam os carros dos moradores que queriam entrar. Na rua seguinte, Paissandu, não havia nada que impedisse o trânsito de pessoas e carros. Caminhei por ela em direção ao Palácio, ainda passando por um Caveirão que fazia manobras.

Para minha surpresa, havia bem menos polícia na frente do palácio que junto ao protesto anterior. E quem estava lá era o pessoal da Jornada Mundial da Juventude, moradores e curiosos que queriam ver o Papa. Às 19:15h as comitivas deixaram o palácio, inclusive o Papa, que acenou para a multidão pela pista interna. De onde estava mal via o protesto, apenas as luzes dos carros de polícia e a escuridão na rua (a toda hora ligavam e desligavam as luzes para intimidar os manifestantes).

Fui embora retornando à Rua das Laranjeiras refazendo o caminho até o Largo do Machado para pegar o metrô. Tudo tranquilo, inclusive na direção da R. Pinheiro Machado. A cavalaria estava lá, parada. A praça cheia de polícia, certamente prevendo que vandalismos de fim de protestos chegassem por lá. Ao chegar em casa, vi na TV as cenas de violência com um policial coberto de chamas de coquetel molotov atirado possivelmente pelos "heróis mascarados ". Quem só viu essa cena, criteriosamente escolhida pela mídia, não sabe que ali estavam jovens protestando contra a tirania do governador e contra o reacionarismo da igreja. Tudo se resumiu a "vandalismo".

Do que vi, questiono: por que os movimentos sociais toleram, por omissão ou mesmo medo, esse grupo que considero fascista, porque se impõe aos demais por violência e parecem ter a missão de acabar com os atos democráticos? São policiais infiltrados? Não pareciam, mas a P2 pode ter colaboradores. Seguem alguma doutrina, seita, corrente de pensamento, partido, orientação, direção?

Palácio Guanabara visto da esquina da R. Paissandu
Os "heróis mascarados" viraram parte de uma fórmula para acabar com manifestações. Eles  atacam a polícia e caem fora, os manifestantes pacíficos "acidentalmente" acabam agredidos pela "reação" policial, entra o lumpesinato saqueando e destruindo e no fim a lição é : protesto, mesmo por vias tortas, provoca vandalismo. Sem protestos, sem vandalismo. É uma forma indireta de criminalização das lutas.

Seja como for, ninguém tem o direito de agir para acabar com o protesto das outras pessoas, nem de submeter civis à reação militar a partir de ações militarmente organizadas por eles. Servem de pretexto para desmoralizar e desestimular os atos e os que defendem os direitos humanos.  Não me representam, e até que provem em contrário, são fascistas ou infiltrados ou tudo junto.




Mídia Bandida 0024 : A fábrica de crises e o factóide de Barbosa

Incrível a sintonia do que se publica com o que se forja para virar notícia. A revista Veja desta semana tem na capa que "o Brasil e a Igreja vivem momentos explosivos". O Financial Times reforça a "crise brasileira" dizendo que o Papa visita o país em meio a protestos. Para dar mais tom de crise, o presidente do STF, Joaquim Barbosa, na recepção no Palácio Guanabara ao Papa, onde o protocolo coloca lado a lado os chefes de estado (no caso, Francisco pelo Vaticano e Dilma pelo Brasil), ele simplesmente não cumprimentou Dilma, e todo mundo viu. Mais crise, forja a imprensa.

Se dependesse dos protestos do lado de fora qualquer um diria que não há crise nenhuma (falarei sobre isso noutro post). Agora que a inflação aponta para baixo, depois de vários problemas conjunturais que impediram a queda antes com a redução de contas de energia, desonerações, etc, a crise passa a ser institucional. Pior: pegou muito mal para Joaquim Barbosa essa desfaçatez com a presidente do Brasil. Sua assessoria tenta explicar o inexplicável, mas agora já é história. O "protesto" de Barbosa não o alinha com os anseios dos que dignamente querem um país melhor. Apenas o coloca na conta da mesquinhez e da falta de educação. Mas a mídia vai fazer disso uma "crise institucional".

Sua valorosa (e cada vez mais necessária) assessoria de imprensa formulou a seguinte explicação depois do ato de grosseria explícita:

“O ministro e várias outras autoridades ficaram com a presidente Dilma em uma sala, antes da chegada do papa e, como os dois já tinham se cumprimentado e conversado antes, provavelmente, Barbosa achou que não era o caso de cumprimentá-la novamente”"

Ah, tá...Inventou um novo protocolo. 

segunda-feira, 22 de julho de 2013

domingo, 21 de julho de 2013

GOLPE : CIELO - CONFIRME SUA PARTICIPAÇÃO

Mais um golpe em nome da Cielo de fácil detecção. Primeiro porque o remetente é o meu próprio e-mail reencaminhado por undeliverable.masterhost.ru, site russo que não tem nada a ver com a Cielo.  Depois, uma figura onde qualquer área onde se clicar remete para o link portal.qlix.com/a, que não cliquei por razões de segurança, mas deve abrir algum cadastro falso.

De tanto inventarem golpes em nome da Cielo a empresa já colocou no seu site uma página relatando os mais conhecidos, e pedindo para mandar para ela todas as mensagens suspeitas. O link é http://www.cielo.com.br/portal/cielo/cobrancas-indevidas.html

Segue a imagem do e-mail:

FANOAPÁ 0043 : O falso boato da morte de Carlos Alberto Nóbrega

Há quem veja na capacidade das redes sociais mobilizar pessoas para irem às ruas lutar por qualquer coisa como uma virtude. Quem não frequenta os meandros da internet tende a ser romântico com isso e dizer : "nossa, que lindo, os jovens conscientes altamente informados pelas redes sociais questionando tudo"!

Imagem  mentirosa que circula pelas redes sociais
Isso é porque não sabe do fenômeno FANOAPÁ - Falta de Noção que Assola o País - que se alastra nas redes sociais espalhando a desinformação, a mentira e principalmente pregando peças nos mais crédulos ou deficientes intelectuais. Um imbecil pega uma foto de um famoso, faz a montagem colocando a palavra "LUTO" e os dizeres "vai deixar saudades" e espalha pela rede como se a pessoa tivesse morrido. No caso presente a vítima é o humorista Carlos Alberto Nóbrega, do programa de TV "A Praça é Nossa". O absurdo é a pessoa quer que desmentir sua morte, como ele fez.

Se isso já é vergonhoso, porque muita gente compartilha sem saber se é verdade, a falta de noção invade os desmentidos também. Um cara no Facebook botou essa ilustração acima com os dizeres "Você foi enganado. Ele não morreu, babacas" e recebeu mais de mil comentários de xingamentos como se fosse ele o autor do boato, e não por estar chamando quem acreditou de babaca! As pessoas não sabem distinguir a verdade da mentira, e depois não sabem ler um texto que nega a notícia falsa!

Tenho até medo dos comentários que vou receber com esse post. Vai ter gente me esculhambando por passar boato... Prometo publicar todos os comentários para que vejam como tem sem-noção nesse nosso país. Pior: indo para as ruas protestar...

YOUTROUXA 0038 - "Presidenta não existe, e só puxa-sacos usam o termo"

Mais um serviço de inutilidade pública prestado nas redes sociais por gente que "se acha" dona da língua portuguesa e destila ódio à presidente Dilma porque não tem política para debater. Gente arrogante que considera todo mundo burro, em especial os que apoiam Dilma e o PT, por isso usam o termo "presidenta". No material que coletei no Facebook colocam uma dita professora para "acabar com a polêmica", que na verdade é uma explicação parcial que atende à discriminação ideológica de uns.

A norma culta da língua portuguesa acata as duas formas como corretas e aceitáveis. De acordo com o dicionário Houaiss, “presidenta” é o feminino de presidente, embora seja menos usual. Já o dicionário Aurélio diz que a palavra pode ser usada no masculino e feminino, apontando “presidenta” como “esposa do presidente” ou “mulher que preside”. A não ser que digam que Houaiss e Aurélio foram comprados por mensalão do PT e por isso também são "ignorantes".

Como infelizmente entre os meus amigos há pessoas com dificuldades em entender que um brasão da república colocado ao lado de uma mensagem tendenciosa não a faz verdadeira, segue uma foto com bastante informação e, mais abaixo, o lixo que circula passando atestado de trouxa em muita gente.
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UTILIDADE PÚBLICA.

COM MUITA ALEGRIA TENHO A GRATA SATISFAÇÃO DE REPASSAR
À PRESIDENTE E A TODOS OS BRASILEIROS, ESSE ESCLARECIMENTO
QUE FOGE AO ALCANCE DE CERTAS PESSOAS LIMITADAS.

ATÉ QUE ENFIM ALGUÉM CORRIGIU ISSO
(aula de português)

Uma belíssima aula de português!
Foi elaborado para acabar de vez com toda e qualquer dúvida se tem presidente ou presidenta.
A presidenta foi estudanta? Existe a palavra: PRESIDENTA?
Que tal colocarmos um "BASTA" no assunto?

Miriam Rita Moro Mine - Universidade Federal do Paraná.
No português existem os particípios ativos como derivativos verbais.
Por exemplo: o particípio ativo do verbo atacar é atacante, de pedir é pedinte, o de cantar é cantante, o de existir é existente, o de mendicar é mendicante...
Qual é o particípio ativo do verbo ser?
O particípio ativo do verbo ser é ente. Aquele que é: o ente. Aquele que tem entidade.

Assim, quando queremos designar alguém com capacidade para exercer a ação que expressa um verbo, há que se adicionar à raiz verbal os sufixos ante, ente ou inte.
Portanto, a pessoa que preside é PRESIDENTE, e não "presidenta", independentemente do sexo que tenha.
Diz-se: capela ardente, e não capela "ardenta"; se diz estudante, e não "estudanta"; se diz adolescente, e não "adolescenta"; se diz paciente, e não "pacienta".

Um bom exemplo do erro grosseiro seria:
"A candidata a presidenta se comporta como uma adolescenta pouco pacienta que imagina ter virado eleganta para tentar ser nomeada representanta. Esperamos vê-la algum dia sorridenta numa capela ardenta, pois esta dirigenta política, dentre tantas outras suas atitudes barbarizentas, não tem o direito de violentar o pobre português, só para ficar contenta".

Por favor, pelo amor à língua portuguesa, repasse essa informação.
DE HOJE EM DIANTE SÓ PUXA SACO IGNORANTE DIRÁ: PRESIDENTA