É difícil analisar a crise da Coréia do Norte com base nos dados das mídias pró-americanas. Procurando no site de propaganda do regime de Kim Jong Il, a agência oficial de notícias da Coréia do Norte , chegamos aonde dói o calo: a Coréia do Sul aderiu à Proliferation Security Initiative (PSI), uma dessas medidas imperialistas do Governo Bush que, a título de deter a disseminação de armas de destruição em massa, incita ao desrespeito a leis internacionais que regem o transporte, na forma de abordagem, vistoria e apreensão de materiais em barcos suspeitos, por exemplo.
Considerando que qualquer barco que passe pelo litoral oeste da península da Coréia, vindo da Coréia do Norte, forçosamente passará em frente à costa da Coréia do Sul, e que o atual governo deste país vem adotando uma postura mais rígida em relação à Coréia do Norte, uma abordagem hostil será questão de tempo. A ditadura dinástica da Coréia do Norte, que é uma aberração da aberração do estalinismo, resolveu dar uma demonstração de força, fazendo testes com mísseis e bomba nuclear.
A China, que pode fechar a Coréia do Norte bastando cortar os 8o% da energia elétrica que fornece ao vizinho, pediu para Kim Jong Il pegar leve. Até o Irã condenou o teste nuclear, dizendo ser contra o desenvolvimento de armas atômicas. A paranóia chegou ao Japão e principalmente à Coréia do Sul. O fato é que todo mundo sabe que se alguém der um passo além do Paralelo 38N, as consequencias serão inimagináveis, já que dois milhões de soldados, inclusive americanos, estão na área, e a Coréia do Norte tem armamento para fazer um bom estrago até no Japão. A geopolítica indica que tudo deve terminar numa pizza, com um novo "cala-boca" para a Coréia do Norte, mas ninguém pode garantir que alguma insanidade possa ocorrer por parte de qualquer dos lados.
quinta-feira, 28 de maio de 2009
O que é a crise das Coréias?
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