sexta-feira, 18 de setembro de 2009

4,5% é gozação de banqueiros. Bancários vão à greve!


Terminou agora há pouco a assembléia dos bancários de Brasília, onde cerca de 1000 trabalhadores (foto) aprovaram por unanimidade o indicativo de greve geral a partir de 24 de setembro, dada a intransigência dos banqueiros nas negociações. Até agora, a proposta dos patrões é de reajuste de 4,5%. Na próxima semana acontecerão assembléias por todo o país, devendo a do dia 23 definir se haverá greve, caso não haja uma proposta minimamente razoável. E olha que os bancários pegaram leve, pedindo apenas 10%, quando as perdas acumuladas desde o governo FHC nos bancos públicos exigiriam reajustes da ordem de 90%.


Apenas para dar idéia da micharia oferecida pelo setor que mais lucrou antes, durante e depois da crise, os metalúrgicos da GM entraram hoje em greve rejeitando 6,53% oferecidos pela empresa, que está mal das pernas nos Estados Unidos, cujo governo fez uma imensa injeção de dinheiro para salvá-la.


Outra comparação é com os funcionários dos Correios, em greve em 22 estados, que rejeitaram a proposta de 9% da empresa e continuam a greve. Até Lula, que hoje é, em última instância, o patrão dos Correios, apelou aos sindicatos controlados pelo seu esquema de controle social para encerrarem a greve com esse índice, o que pode não ser acatado dada a radicalidade do movimento. Quem diria que Lula falaria em dirigente ter "coragem para acabar a greve"...


Os banqueiros cobram o maior "spread" do mundo, navegam em águas calmas e sem riscos das altas taxas de juros, esfolam a população com tarifas extorsivas pelos serviços e cobram juros obscenos, os mais altos do mundo. Como se não bastasse, escravizam os funcionários, impondo cada vez mais metas inatingíveis e promovendo enxugamentos de quadros que prejudicam o atendimento ao público. Greve neles é pouco!

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