No ano passado, técnicos já haviam concluído que o Airbus da Air France que caiu no Oceano Atlântico em 31 de maio de 2009 bateu inteiro na água, ou seja, não veio se despedaçando, como suposto inicialmente. Agora os destroços foram encontrados pela 4a missão de buscas, patrocinada pela Air France e pela Airbus, coincidentemente depois que ambas empresas foram condenadas pela justiça francesa por homicídio culposo. Ontem o BEA (Bureau d'Enquêtes et d'Analyses), órgão francês que investiga acidentes aéreos, divulgou imagens colhidas na missão de busca.
Submarinos-robôs localizaram os destroços numa planície abissal a quase 4.000 m de profundidade, espalhados em uma área de 200 m x 600m. Foram encontradas partes estruturais importantes, o trem de pouso, turbinas e corpos (dos 228 que morreram apenas 51 corpos foram encontrados), que serão recolhidos dentro de um mês.
O interesse pelas caixas-pretas (dispositivos que registram as conversas dos pilotos e as informações dos equipamentos) agora é maior, porque o seu conteúdo pode ajudar a inocentar as empresas indiciadas. Ou não, hipótese que até o indiciamento era a mais cômoda, pois ambas alegam que o motivo da queda foi fortuito, atmosférico extremo, eximind0-as de responsabilidades por falhas humanas ou de equipamento. Agora há real interesse em buscar elementos que comprove a inocência de uma ou ambas as empresas.
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