quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Grécia : Papandreu, o plebiscito e problemas paroquianos

Quando o primeiro-ministro grego Papandreu falou em fazer um plebiscito para saber se o povo apoiaria o pacote de maldades que os bancos estão impondo, chegamos até a pensar tratar-se de uma atitude nobre, democrática, popular. Vendo-o agora há pouco falando para o parlamento grego, ficou clara a intenção de jogar com o plebiscito para evitar a queda do seu governo numa votação que acontecerá nesta sexta, de um voto de confiança. Caso fosse negada a confiança, seu governo cairia e haveria novas eleições.

No discurso, Papandreu disse que se houver consenso com a oposição, retira a proposta do plebiscito. Ou seja, o seu governo do partido dito socialista está aí para fazer todas as maldades contra o povo, mas não quer que a oposição de direita fique criticando. Se todas as forças parlamentares se unirem em torno do seu governo para aplicar o plano de austeridade, ele topa fazer tudo, sem plebiscito.

Mais uma jogadinha rasteira que levou a Europa à beira da loucura, apenas para conseguir mais um tempo de mandato. Os banqueiros agradecem, mesmo tendo que tomar uns remedinhos sublinguais com toda essa manobra. Resta saber se o povão, que foi usado na manobra paroquiana, vai aceitar esse conchavo das elites para aplicar o saco de maldades do FMI, sem consulta nenhuma. 

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