Aqui e ali a gente encontra uma dessas figuras que reclamam de tudo, publicamente, fazendo qualquer aglomeração de platéia para suas verborragias. Via-de-regra, a culpa é do governo, da empresa, do colega, até para justificar os próprios fracassos. Falam como donos da verdade, com enorme coragem de espinafrar, mas na hora que se aproximam de autoridades, ficam mansinhos e se mostram bajuladores. Acho que todo mundo conhece alguém assim.
Ontem estava numa fila de loteria e um senhor roubou a cena ao apelar ao senso comum e à indignação para esculachar o senado, o Sarney, o governador, toda a classe política, etc. Disse que Lula tinha comprado uma fazenda de 900 milhões, que Lulinha comprou outra por 50 milhões, e as pessoas na fila aparentemente não discordavam de nenhum dado, já que é senso comum que políticos metem a mão, mesmo que as cifras cheguem a quase bilhão.
Depois de abrir até alguns diálogos, fechou com chave de ouro a discussão: disse que a saída seria o filho dele ser candidato a vereador e meter a mão também, no que teve até alguns acenos de concordância da fila. Impressionante que, a uma classe política vil, corresponda uma fração de pessoas que, no fundo, não acham ruim tomarem o que é de todos, mas invejam estar fora da boquinha...
sexta-feira, 3 de julho de 2009
Hipocrisia popular
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