Tive a sorte de estar no Rio neste 14 de julho para assistir à festa de reinauguração do Theatro Municipal. A reforma não foi concluída no prazo, o que forçou a realização do evento do centenário na praça em frente ao teatro, e à construção de uma passarela sobre a rua, entre o palco e a porta do prédio,para circulação dos músicos e artistas. O que está pronto ficou muito bom. A água dourada (foto) que adorna a cúpula principal ainda não foi suspensa, mas as partes possivelmente folheadas a ouro da cobertura mostram imponência ao prédio centenário.
A programação durou todo o dia. Pelas ruas próximas, atores desfilaram com vestuários lembrando as peças teatrais encenadas no teatro ao longo do tempo. Agora à noite houve a apresentação da Orquestra Sinfônica do teatro, que tocou o Hino Nacional e obras deVerdi, Carlos Gomes e Ravel, entre outras. No evento "100 anos de arte e emoção" também foram lançados um selo alusivo ao evento e uma medalha comemorativa e aceso um grande bolo. Uma grande multidão prestigiou o espetáculo, que também foi transmitido por telões no calçadão da Cinelândia. Muito bom.
Enquanto isso, na Barra da Tijuca, jaz inerte o monstrengo de concreto chamado Cidade da Música, que consumiu meio bilhão de reais na gestão de Cesar Maia, do DEM, e que ainda precisará de mais de R$ 100 milhóes para conclusão, superando em 5 vezes o orçamento original. A reforma do Theatro Municipal e sua afirmação como principal referência teatral no Rio são a prova cabal do desperdício daquela obra faraônica . Até hoje não houve uma CPI para apurar as responsabilidades por esse desastre para os cofres públicos cariocas.
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