O que foi feito com o craque Ronaldo Fenômeno ontem no intervalo do modorrento jogo Brasil 1 x 0 Romênia foi vergonhoso. Segundo maior artilheiro da seleção brasileira, melhor jogador do mundo em 1997, maior artilheiro de todas as Copas do Mundo, Ronaldo foi humilhado pela CBF, que comandava o espetáculo, com uma despedida chinfrim: meia dúzia de estandartes, um púlpito medíocre e a impressão de que se os seus filhos não estivessem filmando ou fotografando, não haveria registros oficiais. Será que a CBF não tem uns trocados para homenagear condignamente um grande jogador?
Se não tivesse dado uma rasteira no Mengão, que lhe deu treinamento quando estava em recuperação e oportunidade de voltar ao Brasil, e ido para o Corinthians, poderia ter-se despedido no domingo junto com Petkovic. Só que se entrasse em campo naquele Fla x Corínthians, teria sido vaiado, porque publicamente renegou sua opção rubronegra e hoje se assume corintiano. Não deixou de ser um grande craque por causa disso.
É isso aí. Ronaldo, o Fenômeno, o herói nacional, teve uma festinha discreta na sua despedida. Petkovic, o jogador desafeto da diretoria do Mengão, que estava propositalmente encostado, recebe uma festa com direito a mosaico da torcida, placa de homenagem do clube e tudo. E jogo na Sérvia para consagrar o ídolo na sua terra natal. A Nação Rubronegra se mostrou bem mais respeitosa que a brasileira.
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