O que esperar de um evento de games de alta tecnologia? Novidades, é claro, mas isso quase não teve na edição 2010 da Brasil Game Show. Jogos compatíveis com TVs em 3D, torneio de Starcraft II e... um monte de estandes com games fartamente disponíveis no mercado. O ingresso muito caro (R$ 25 a meia e R$ 50 a inteira) não desanimou um público que esperou por mais de 3 horas ao sol, na fila para entrar. Quem não soubesse do que se tratava, pensaria ser alistamento militar, porque quase todos eram jovens, e homens, fazendo uma fila que contornava uma quadra.
Muito calor, gente demais, quase não se chegava aos estandes. Poucas opções de alimentação, com filas gigantescas. Para ressaltar coisas interessantes, havia o Túnel do Tempo, na estrada, mostrando a evolução dos games. O chato foi perceber que eu joguei desde o primeiro, e que os últimos estão acima da minha capacidade. Fora de contexto, um gigantesco autorama com vários "loops" era atração para uma porção de gente que não viveu essa época. Enfim, um evento que não valeu o valor pago, mais para caça-níqueis que para games.
Um evento como esse tira muitos nerds de casa, daqueles que não saem dos quartos, porões e sótãos. Hoje muitas mães aproveitarão a ausência deles para retirar toneladas de lixo e sujeira dos seus bunkers. E muitos dos que foram à feira ficarão com um estranho rosado na pele, pela exposição às filas ao sol, onde ficaram como zumbis. E não era em homenagem a Zumbi dos Palmares, no feriado do Dia da Consciência Negra.
Mais ainda: alguns aproveitaram a presença de belas expositoras com roupas ousadas e de moças vestidas como personagens de games, como Lara Croft, para tirar fotos com elas e atualizar seus orkuts e facebooks. Para vários deles, foi a primeira vez que viram mulheres de perto, especialmente com trajes saídos dos games.
sábado, 20 de novembro de 2010
Brasil Game Show : cara e sem novidades
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