O Rio amanhece com mais uma jornada de ataques às autoridades. Os bandidos incendiaram ônibus e carros não apenas na cidade, mas em Niterói e na Baixada Fluminense. Policiais foram atacados em Araruama, na Região dos Lagos. A Globo continua a colocar medo na população e a bater nas autoridades. O jornal O Globo tem novamente sua página de opinião recheada de todo tipo de ataques ao governo e incitações ao autoritarismo.
Na falta do JB, que virou jornal virtual, o carioca ficou sem opção de jornal, se quiser ter um panorama mais completo. Fica refém dos jornais mais populares, como o Meia Hora, que hoje coloca a seguinte manchete : "QUEIMAR CARRO É COISA DE QUEM TEM BILAU PEQUENO". Já o Extra, que é da Globo, prefere colocar um plebiscito: "Agora é um ou outro: UPP (Unidade Policial Pacificadora) x UPP (Unidos pelo Pó)" . É uma alusão à política de unidade das duas maiores facções criminosas contra a política de ocupação de territórios do governo.
Enquanto isso o governo faz a sua parte. O secretário Beltrame parece ter o comando da situação, e fala tranquilamente em meio à guerra de nervos, o que irrita muita gente. Diz ter provas de que a ordem para os ataques partiu de uma das colônias de férias penais do Rio, e que vai mandar 13 bandidões para uma prisão de segurança máxima em Rondônia. Tirou todo o pessoal administrativo dos quartéis e reforçou o patrulhamento das ruas. A Polícia Rodoviária Federal vai apertar o cerco nas estradas.
Já que o governo parece firme em encarar o crime, o que se tem a fazer é evitar correr riscos e esperar as próximas batalhas. Não dá para fazer como em São Paulo, onde o PCC aterrorizou a cidade e venceu as autoridades, fazendo um acordo garantindo privilégios aos seus chefões. Novos atentados virão, e seria necessária a unidade dos cariocas nessa guerra. A Globo, fomentando o pânico, presta mais um grande desserviço, como se fosse mais importante fazer desgaste político nesta hora que apoiar as ações contra o crime.
quarta-feira, 24 de novembro de 2010
Rio : guerra de nervos e fomento do pânico
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