Mais um triste capítulo da história de caudilhismo e ditaduras ferozes chega a um desfecho, sabe-se lá por quanto tempo: o presidente da Costa do Marfim, Laurent Gbagbo, foi capturado ontem e preso. Segundo o jornal O Globo, levou até tapa na cara de um soldado ligado às tropas do presidente eleito, Alassane Ouatara. Gbagbo não aceitava o resultado das eleições e disse que não passaria o comando do país a Ouatara. A guerra civil se reacendeu, e as forças oposicionistas, apoiadas pela França e pela ONU conseguiram a vitória.
Quando estava lá pela terceira série do ginasial, por volta de 1970, o professor de Geografia fez uma simulação de tribunal colocando as potências colonizadoras como rés por todas as tragédias da África. De um lado, a defesa falava dos benefícios civilizatórios e da pacificação pela força das guerras tribais. Do outro, a acusação falava dos massacres, da escravidão, da divisão arbitrária de territórios separando povos, da exploração capitalista e do colonialismo.
Pelo visto, o debate continua, pois mesmo com "independências" de hino e bandeira, muitos países africanos ainda sofrem entre as disputas internas e os interesses das potências colonizadoras, que não deixam de intervir nos assuntos internos em defesa dos seus interesses. A França agora passou a mostrar mais essa face intervencionista, por eleitoreirismo de Sarkozy, enquanto os EUA buscam sair dos atoleiros do Iraque e Afeganistão, por eleitoreirismo de Obama.
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