segunda-feira, 18 de abril de 2011

Niterói : tsunami de merda

Felizmente ninguém morreu, mas a Niterói do melhor IDH do Estado do Rio de Janeiro e terceiro do Brasil foi inundada por uma onda de esgoto. Com o rompimento de uma parede da central de tratamento de Ponta da Areia, 7 milhões de litros de esgoto sem tratamento se espalharam pelas ruas, ferindo pessoas, arrastando veículos e invadindo casas. Um tsunami de merda!


Os moradores disseram que não houve qualquer indício de colapso na parede do tanque de esgoto, de 7 metros de altura e 60 de comprimento, e a onda fez muitos pensarem em tsunami, porque veio de repente e arrastou tudo que tinha pela frente. Agora é limpar toda essa merda, descobrir os responsáveis, cuidar dos feridos, indenizar os danos materiais e verificar nos outros reservatórios da empresa se há riscos idênticos. E, claro, entupir a Águas de Niterói de multas ambientais, para ter mais cuidado com suas instalações.

Sem maiores detalhes técnicos, fica difícil saber como uma simples parede de concreto armado, de míseros 7 metros de altura, pode ter um colapso repentino e trazer riscos à população vizinha. É estranha a ruptura de uma parede de reservatório atingir uma extensão tão grande instantaneamente, com a parede rebatida em torno da linha de base. Se a parede tivesse um ponto frágil por problemas no concreto ou estrutural localizado, o normal seria a ruptura começar por essa região, extravasando o esgoto num fluxo menor que a onda ocorrida com o colapso generalizado. Sobrecarga além da usada no cálculo? Falha de execução? Fica para a perícia técnica dizer o que aconteceu e apontar responsabilidades.

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