quinta-feira, 14 de abril de 2011

PSD : Novo partido governista desfalca direita

A lei eleitoral brasileira prevê a perda do mandato para o político que, no exercício do cargo, mudar de partido. É a chamada "fidelidade partidária". Isso não vale quando o político passa a ser fundador de um novo partido. Esta foi a fórmula encontrada pelo prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM) para sair do seu partido, que é de oposição à presidente Dilma, e migrar para outra legenda mais "light", de balcão de negócios, que ora votará com o governo, ora será oposição, sem integrar automaticamente a base aliada.


Até agora 32 deputados federais já aderiram ao PSD. Destes, 11 eram do DEM, 6 eram do PP e um do PMDB. Os demais são de pequenos partidos. A senadora Kátia Abreu (DEM) e o senador Sérgio Petecão (PMN) também desembarcaram no novo partido, assim como o governador Omar Aziz (PMN), do Amazonas. Como a nova legenda ainda pode crescer, já nasce empatada com o DEM em bancada na Câmara Federal.

O PSDB não perdeu ninguém por causa do novo partido, mas pode ter baixas depois que FHC disse que a oposição deve deixar o povão de lado e partir para a classe média como base social. O povão é quem elege os políticos, e a classe média a que se refere, os ricos, têm o poder econômico como governo, mas não têm quantidade para eleger muita gente. Ficará o dilema aos tucanos: bajular ricos e famosos e não se eleger, ou correr atrás de quem tem o povão sob controle, no caso, o governo federal, através do novo partido de conveniência.

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