sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Europa Oriental : Planejando a viagem - parte 1

No post anterior (Europa Oriental : Muito a ver) falamos de países novos no mapa-mundi, tantos que fica difícil estabelecer quais visitar. Essa viagem, que começará no sábado em Brasília, teve que se condicionar a alguns parâmetros que determinarão a escolha dos países, a logística, o tempo dedicado a cada lugar, os custos, etc. Aqui vão os elementos centrais:

- Em todos os finais de semana haverá atividades compartilhadas com as pessoas que conhecemos em Bratislava, ou seja, todas as sextas à tarde temos que estar por lá;
- Nos finais de semana também poderá acontecer de percorrermos uma cidade próxima a Bratislava (até 400km) encontrando nossos amigos no destino, e de lá sairmos para outros lugares;
- No fim da viagem, 10 dias serão para um tour passando pela Itália até Roma, saindo e retornando de Viena, onde chegaremos e sairemos na volta para o Brasil;
- Em Bratislava ficarão as bagagens, indo conosco mochilas com as coisas básicas para a viagem e para evitar roubos em transportes. Toda roupa será lavada lá;
- As hospedagens serão em hotéis de duas ou três estrelas (no máximo). Nem hostel, nem hotel cheio de atrações. Apenas para dormir, em locais seguros, de fácil acesso aos locais de interesse e aos meios de transporte;
- Duração total da viagem : 50 dias;

Outro fator que acabou se tornando imperativo foi o tempo para planejamento. A idéia surgiu a partir do incentivo dos amigos que irão a Bratislava, há cerca de um mês. Não houve, portanto, tempo para tirar vistos de diversos países, restringindo-se o escopo a países que não exigem visto de brasileiros. Foram descartados e ficam para outra vez:
- Ucrânia
- Moldávia
- Bielorrússia
- Sérvia
- Bósnia e Herzegovina
- Macedônia
- Montenegro
- Kosovo (além do visto, é zona de conflito);

Por questão de distâncias comparadas com o tempo disponível, também foram descartados, ficando para próximos roteiros de viagem, um pelo norte europeu e outro pelo sul:
- Estônia
- Letônia
- Lituânia
- Kaliningrado (território russo entre a Lituânia e a Polônia)
- Albânia
- Grécia
- Turquia

Sobraram portanto: Eslováquia, Áustria, Alemanha, República Tcheca, Polônia, Hungria, Bulgária, Romênia, Itália, Croácia, Eslovênia e Rússia (apesar de Moscou ficar a 2000 km).

A decisão de incluir Moscou, apesar da distância, é de melhor compreensão histórica do período da Guerra Fria, onde a União Soviética tinha papel fundamental de liderança no Leste Europeu e dominava politicamente todos os países ditos socialistas.

Selecionados os países-alvos, passamos a examinar o que o mercado de turismo brasileiro oferece de pacotes para a região. Essa checagem é importante para ver o que a indústria turística considera fundamental visitar, e até para evitar que, depois de tanta aventura e sufoco, aquele teu amigo que pegou um pacote venha a dizer: "e aí, visitou tal lugar manjado, que todo mundo vai?". Se não tiver ido, ainda vai ouvir: "ah, então não viu nada!". Cria-se num caderno ou planilha uma página para cada país, anota-se as cidades recomendadas e as atrações mais cotadas. Nada deve ser descartado, a princípio.

Outro aspecto da checagem é verificar quanto se paga, em que condições, pelo que está sendo oferecido. Isso é importante para balizar o orçamento da viagem, ou seja, se o teu roteiro alternativo estiver mais caro que o padronizado, desconfie e refaça as contas, de modo que sempre saia mais barato, mesmo fazendo muito mais coisas.

Ler relatos é muito importante também, como os do Trip Advisor, do Mochileiros. com e fazendo no Google a pergunta : "o que ver em tal lugar". Neste caso, sempre irá aparecer um site oficial de turismo do lugar, com mais informações sobre o que os locais acham importante que você conheça da cultura, da natureza e das opções de lazer deles. Fora as compras.

Nos relatos sempre aparecem dicas interessantes, porque são feitos por pessoas que viajaram fora dos esquemas de empresa de turismo. Neles também estão as advertências para as ciladas que podem aparecer em atrações ditas imperdíveis, mas que podem tomar seu tempo e dinheiro e, pior, te impedir de ver coisas melhores.

Outras fontes de informação obrigatórias:
- sites de clima : verificar o comportamento das chuvas e temperaturas no período da viagem;
- sites de eventos : levantar o que há de festividades em cada local no início de viagem;
- informações históricas e geográficas dos países e cidades : a Wikipedia é um bom começo;
- notícias dos jornais locais : fundamental, pois há inquietações por toda a Europa e pode-se evitar ficar no meio de um conflito;
- moedas : pegar cotações, pois nem todos os países estão na zona do Euro;
- dados de embaixadas brasileiras nos países-alvos;
- filiações dos países a organismos regionais : os da Comunidade Européia têm acordos de vistos, de seguros, de trânsito, de moedas,e há países onde existem especificidades;

Na próxima parte do post, falaremos sobre a continuação do planejamento, com mais detalhamentos.

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