sexta-feira, 17 de maio de 2013

Midia Bandida 0017 - Transformando dados positivos de acesso à internet em negativos

A pesquisa do IBGE "Acesso à Internet e Posse de Telefone Móvel Celular para Uso Pessoal, feita com base na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) de 2011, mostrou expressivos avanços desde 2005. O número de internautas cresceu 143,8% e o de pessoas com celular, 107,2%. Nas áreas mais pobres e entre as pessoas de menor renda a evolução foi muito expressiva. O acesso a celulares também foi expressivo, e a expansão das redes, apesar de insuficiente, foi muito importante.

Além disso o gráfico mostra o forte crescimento nas regiões mais pobres do país. Aí vem a Globo e transforma toda essa informação positiva na seguinte manchete: "53% dos brasileiros continuam sem acesso à internet". Será que não tinham nada mais para dizer? Ou não podem explicar? Ou não podem falar que nos últimos anos o custo de acesso à internet caiu, as políticas públicas de inclusão digital funcionaram, que o preço de computadores, tablets e celulares despencou com subsídios do governo e que a infra-estrutura melhorou?

Seguem outros dados transcritos do site do IBGE, que mostram um forte avanço do acesso dos mais pobres e de menor escolaridade às novas tecnologias:

"Na análise da escolaridade dos internautas, observou-se que, de 2005 para 2011, no grupo dos sem instrução e com menos de quatro anos de estudo, o percentual passou de 2,5% para 11,8%. No mesmo período, no grupo com 15 ou mais anos de estudo, a estimativa aumentou de 76,1% para 90,2%.

Na série histórica, os percentuais de internautas aumentaram em todas as classes de rendimento mensal domiciliar per capita, especialmente nas mais baixas: no grupo sem rendimento e com até ¼ de salário mínimo, o percentual de pessoas que acessaram a internet aumentou de 3,8% em 2005 para 21,4% em 2011; no grupo de mais de ¼ até metade do salário mínimo, ele foi de 7,8% para 30%, no grupo de ½ a um salário, de 15,8% para 39,5%.

Em todos os anos pesquisados, o percentual de internautas foi maior na classe de rendimento de três a cinco salários mínimos, ultrapassando, inclusive, a classe de cinco ou mais salários mínimos."


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