terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Imperialismo e o ouro de Washington


Quando o presidente norte-americano disse que os EUA usariam melhor os recursos militares, ao invés de se envolver em guerras abertas, deve ter liberado os órgãos de política suja, como a CIA, para fazer qualquer bandalheira mundo afora. Já sabemos pelo Wikileaks que o governo norte-americano e sua espionagem desde a Guerra Fria patrocinam traidores em vários países, seja levando-os para estudar nos EUA, para treinamento militar ou financiando atividades políticas através de partidos e movimentos. Agora isso deve se intensificar.

O que explica, por exemplo, que na Siria haja grupos de "civis oposicionistas" fortemente armados tomando até bairros da capital, enquanto toda a mídia diz que o governo de Bashar Al Assad está matando inocentes? E os assassinatos de cientistas iranianos? Quem está patrocinando "rebeldes" pró-americanos em todo o mundo, inclusive em Cuba, de onde já vem de longe isso?

É por essas e outras que fica difícil saber até que ponto um movimento é legítimo ou simplesmente uma fachada dos interesses americanos. Diziam que havia o "ouro de Moscou" financiando os movimentos de trabalhadores contra o capital, mas o que temos hoje é o "ouro de Washington" patrocinando os inimigos de regimes que representam obstáculos ao capital americano.

Na visita de Dilma agora a Cuba a mídia está pressionando para que se coloque contra os irmãos Castro, que condene ações que ferem os direitos humanos, que se encontre com oposicionistas, sejam eles de que natureza forem, inclusive os vermes mantidos por Washington. O governo brasileiro mantém a política de furar o bloqueio imposto pelo governo dos EUA a Cuba, e tem feito investimentos, inclusive via Petrobrás. Os americanos estão indóceis para botar as mãos na ilha novamente, já que há suspeitas da existência de imensas reservas de petróleo em suas águas territoriais, ali pertinho da Flórida.

Vão jogar pesado para criar "resistências" contra o regime e depois intervir "em defesa da democracia". Poderiam começar por Guantánamo, base americana onde estão presos sem acusação nem julgamento milhares de afegãos e iraquianos tomados como troféus da "guerra contra o terror", sem qualquer respeito aos direitos humanos. Obama prometeu acabar com esse esgoto americano, mas até agora, nada. Preferem derrubar o regime cubano e, quem saber, transformar toda a ilha numa grande Guantánamo...

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