sexta-feira, 23 de março de 2012

Dilma precisa derrotar chantagem do Congresso

O governo quer aprovar a Lei da Copa, mas não tem nenhum interesse em voltar logo a Reforma Florestal, ou Lei da Motosserra, pois em junho acontece a conferência mundial sobre meio-ambiente Rio + 20 e o Brasil não quer mostrar esse retrocesso. Isso estressa o congresso, já que a bancada ruralista, que tem membros na oposição e na base aliada, quer logo marcar a data para anistiar dívidas de crimes ambientais já cometidos e passar o trator legalmente em reservas naturais das propriedades.

Pelo lado da base aliada, o pior dos mundos. PDT, PR e PMDB querem cargos para continuar apoiando o governo, e têm traído Dilma em algumas votações. São partidos que tiveram a oportunidade de apresentar ministros para o governo, que fizeram bandalheiras, e ainda têm a cara de pau de pedir para nomear outros, como se com tanto estrago político ainda merecessem alguma coisa.

Dilma não tem muita margem de manobra para negociar com a pior escória de políticos que o nosso infeliz Congresso possui. Chantagem nunca tem fim. Se pagar o preço exigido, depois pedem mais e mais. Base aliada com seriedade é programática, ou seja, ajuda a eleger e depois apoia o governo, não o chantageia. Que sentido tem um aliado colaborar para derrotar seu próprio governo, como estão fazendo esses partidos?

Para a população, essa chantagem por poder é vista como ganância por mais corrupção. Dilma deveria fazer uso dos espaços de comunicação social para denunciar isso, e pressionar as bases desses partidos contra as quadrilhas que medem os cargos pela quantidade de dinheiro dos seus orçamentos. E ameaçar excluir do governo, de cada carguinho, todos os indicados por esses partidos. Se até a oposição está doida por raspas e restos do governo, o que se dirá essa turma, que hoje tem tudo e amanhã pode amargar o exílio numa oposição sem discurso. Sem cargos e sem dinheiro para roubar também. 

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