domingo, 4 de março de 2012

Manhattan Connection : Caio Blinder faz apologia ao crime de assassinato

O jornalista Caio Blinder acha que morar nos Estados Unidos o torna inatingível pela legislação brasileira, mesmo quando o programa Manhattan Connection, originado de lá, é transmitido para o Brasil. Num programa recente, o jornalista se posicionou a favor do assassinato de cientistas iranianos na lógica do "mal menor", ou seja, se for para evitar a construção de bombas nucleares, os inimigos do Irã têm todo o direito de ir lá e detonar as pessoas, civis, militares ou religiosos. Ainda dá a dica que seria o serviço secreto de Israel, o Mossad, responsável pelo atentado.

Se lá há uma cultura de assassinato que parte das mais altas esferas do poder, e se o cidadão pode comprar uma bazuca pelo correio, é um problema deles e de quem eles atingem com seus crimes, seja liquidando Bin Laden ou vendo crianças mortas em escolas por obra de algum desequilibrado. Daí a fazer a apologia do assassinato de cientistas iranianos, "justificada" por motivos mais nobres, como a intimidação de outros pesquisadores para que não se envolvam em projetos de armas nucleares, é crime no Brasil e infringe os Direitos Humanos.

O Código Penal Brasileiro, no seu artigo 286, diz que incitar publicamente a prática de crime é passível de punição com penas de 3 a 6 meses de detenção. O crime é consumado meramente com a incitação, não necessitando que ocorra na prática aquilo que se propõe. Nâo interessa se o assassinato de cientistas ou líderes, em tese, possa ser um "mal menor" diante do potencial de terrorismo que representem, porque tal justificação praticamente valida o assassinato de qualquer um. Se Caio Blinder e seus colegas americanizados pensam na lógica do Tio Sam, que guardem seus comentários para consumo nos Estados Unidos, e não venham pregar como aceitáveis práticas que hoje levam a genocídios de quem se oponha ao poder imperial das grandes potências.


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