quinta-feira, 29 de março de 2012

Espanha : Greve geral contra saque trabalhista

Uma poderosa greve geral parou hoje a Espanha. Convocada pelas maiores centrais sindicais - União Geral dos Trabalhadores (UGT) e Comissões Obreras (CCOO), o movimento é uma reação à reforma dos direitos trabalhistas, aprovada no mês passado.

Na verdade, uma reforma para acabar com direitos, imposta pelo FMI, Comunidade Européia e Banco Central Europeu - a Troika. Por trás de tudo, a redução de salários, a destruição de serviços sociais para cortes de gastos e privatizações, para criar condições de pagar juros escorchantes à banca internacional.

O governo direitista de Mariano Hahoy, do Partido Popular, tristemente eleito com o apoio de muitos dos manifestantes da Plaza del Sol que protestavam contra o governo socialista de Zapatero, aprovou no Congresso em 12 de fevereiro um pacote que diz oxigenar a economia espanhola, mas é o pior ataque a trabalhadores já feito na história da Espanha. O ex-primeiro-ministro do Partido Socialista já tinha dado a sua contribuição à patronal com um pacote em junho de 2010.

A reforma individualiza os contratos de trabalho, dificulta negociações coletivas, rebaixa o piso salarial, permite a suspensão de convenções coletivas e direitos em caso de má situação financeira das empresas, cria empregos precarizados, reduz direitos de novos trabalhadores, reduz a indenização por demissão, entre outras coisas. Num país onde metade dos jovens não tem horizonte, essa luta parece que não vai parar por aí.



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