quarta-feira, 11 de maio de 2011

Código Florestal : O Brasil contra o atraso

Deixei a televisão ligada na TV Câmara e vez por outra assistia um ou outro pronunciamento na enrolação que foi a sessão extraordinária para votação do Código Florestal. Na falta do substitutivo do relator Aldo Rebelo, que negociava com o governo alterações no seu péssimo relatório original, ruralistas raivosos babavam no microfone, fazendo terrorismo ao dizer que "reserva legal é confisco" e que o governo tomaria terras. O mais sensato foi o deputado Ivan Valente, que logo cedo, sabendo que no plenário só iria haver desgaste sem o texto final para votar, pediu a suspensão da sessão, não sendo atendido pela mesa, que insistiu na rinha entre ruralistas, governistas e ambientalistas.


A revista Isto É desta semana trouxe interessante matéria que mostra porque alguns deputados estão tão exaltados: 27 deles são devedores de multas pesadas, por haverem desmatado fora da lei. O que levou os ambientalistas a querer tanta pressa para votar o relatório sob medida de Aldo Rebelo (PC do B, quem diria...): as terras irregulares estão proibidas de tomar financiamentos em agentes públicos. Fora as multas. Nãot em nenhum interesse nacional, ambiental ou nada de bom da parte deles: só querem o privilégio de destruir a natureza impunemente. Querem a anistia de multas, querem manter as terras desmatadas como estão, enfim, se dar bem.

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