Democratas e republicanos nos Estados Unidos são faces da mesma moeda. Há uma tênue nuance entre os estilos de ambos, mas estrategicamente fazem as mesmas coisas. Em termos de política externa, os democratas tendem a se diferenciar dos republicanos mostrando-se menos agressivos, o que para os adversários significa fraqueza.
Obama era o cara do "Yes, we can!" que inspirou uma leva de eleitores a apostar no voto para mudar a América e sair da tradição plutocrática, que tira dos pobres para dar aos ricos na forma de redução de impostos para estes e de programas sociais para os mais desfavorecidos. Obama era a esperança de algo novo. Tentou ampliar a assistência médica e foi derrotado. Acabou carreando trilhões de dólares para ajudar bancos e grandes empresas na crise de 2008, enquanto milhões perdiam casas, empregos e fontes de renda.
A ordem expressa para matar Bin Laden, e não para fazê-lo prisioneiro, teria partido de Obama em 29 de abril, dois dias antes da ação militar. O presidente americano não quis parecer vacilante, e viu na possibilidade do assassinato um incremento à sua popularidade. Igualzinho a qualquer político republicano. Nas próximas eleições, os americanos terão alternativas similares de afundar o mundo em defesa dos seus interesses: Obama, Sarah Palin e o misto de Bozo com Silvio Santos, o milionário Donald Trump. Se fosse para eles se lascarem sozinhos, para nós qualquer um era bom. O problema é que eles querem o mundo inteiro sob seus pés.
Nenhum comentário:
Postar um comentário