quarta-feira, 23 de abril de 2014

Redes Sociais : O desafio democrático do combate ao fascismo

Num país onde:
-  o presidente da suprema corte persegue inimigos abusando do poder a serviço de interesses políticos;
- a justiça tem dois pesos e duas medidas ao julgar atos elegendo "amigos impunes" e "inimigos bandidos até que se prove em contrário";
- seis famílias controlam praticamente toda mídia de tv, rádio, jornais, revistas e internet criando versões, fatos e manipulações com fins político-ideológicos;
- a lavagem cerebral de mídia é articulada, diuturna, criminalizando e difundindo o ódio às instituições democráticas, aos direitos humanos e a idéias progressistas;
- a mentira na forma de calúnias e difamações campeia impunemente junto com o estímulo à violência;
- o terrorismo midiático infunde incertezas e desesperança nas pessoas e na economia visando aumentar lucros de especuladores e prejuízos políticos aos inimigos,
- a educação por décadas foi alienante e autoritária;
- até movimentos sociais são mercenários do poder econômico;
- a mídia se articula internacionalmente para defender os interesses de potências estrangeiras, apoiando iniciativas golpistas do terrorismo midiático mundial;

O que se esperar dos comportamentos individuais nas redes sociais? Parece que tudo é permitido, até pregar a morte, golpes de estado, defender a tortura, caluniar, difamar, inventar mentiras, difundir o preconceito, o medo, o ódio. Acontece que, seguindo o exemplo do mundo real, não há castigo para nenhum pecado, e temos hoje a impressão de viver mergulhados no fascismo abertamente difundido.

Indústrias do crime estão instaladas nas redes sociais criando a toda hora factóides e mentiras que são compartilhados por pessoas ora ignorantes (desinformadas), ora preconceituosas ou mesmo adeptas dos pensamentos fascistóides. Milhares de perfis falsos replicam nas redes idéias que conclamam à violência contra pessoas e instituições, nos moldes do que fazem as mídias do mundo real.

O crime virtual pode ser rastreado e punido
Qual o papel dos democratas anti-fascistas nesses ambientes virtuais? Replicar na mesma moeda, alimentando a espiral de violência instigada por eles para provocar uma radical polarização visando a ruptura democrática? Fazer de conta que isso não existe, já que o universo deles é mais ou menos o mesmo dos assinantes de revistas como Veja e Época, na base de 1 milhão de pessoas, o que não influi em eleições?

Refleti muito sobre isso, pela responsabilidade que tenho por um blog com mais de 600 acessos diários, boa parte deles em busca da verdade sobre diversos temas. E enquanto participante ativo do Facebook, com mais de 500 pessoas como amigas, a quem uma mensagem pode chegar e fazer o contraponto em relação ao ambiente fascista. Acredito que o desmonte das farsas, que venho fazendo até aqui, é importante para que muita gente passe a olhar com desconfiança os que repassam mensagens manipuladoras, mas isso remete a um trabalho colossal no varejo. Isso tem que ser feito, atacando as principais mentiras, mas não basta.

As idéias avançadas encontram esse ambiente hostil nas redes
A vacina contra o fascismo é a informação, a educação política, o preenchimento do vácuo de conhecimentos, o chamamento ao raciocínio, ao diálogo e ao debate. É o posicionamento político não partidário, com dados e fatos de fontes fidedignas, que armem a militância democrática para os debates. Pouco adianta, no Facebook, ficar todo dia e toda hora rebatendo no perfil de um amigo a montanha de desinformações que compartilha. Nem bloqueá-los para não ver que tipo de mentiras estão inventando.

Do pouco que posso fazer como formiguinha é continuar a desmascarar mitos, denunciar o fascismo e passar informações. Não partidarizar. Defender as iniciativas progressistas de governos e as ameaças que pairam no ambiente político. Mostrar o que há de positivo em meio ao tsunami de terrorismo negativo de mídias. Acho que é por aí. Informar no atacado, levar propostas para reflexão e assim vacinar as pessoas contra as mentiras e baixarias.



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