sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Greve dos bancários : BB pode ter proposta







Hoje a Comissão de Empresa do BB se reúne em Brasília, e corre a informação não confirmada de que haveria propostas do BB e CEF para serem submetidas às assembléias, que só acontecerão na próxima quarta. Coincidentemente, o negociador do BB, José Roberto, apareceu no Ed. Sede I (foto), onde negociou com o sindicato para poder entrar no prédio. Em Brasília a paralização é crescente, e o Bradesco resolveu radicalizar, pedindo a prisão do presidente do Sindicato dos Bancários, Rodrigo Brito. É o Bradesco "presente" no arrocho salarial e desrespeito ao direito de greve.

Os piquetes estão se sofisticando, com as faixas-graxa onde eventuais fura-greves terão se se esfregar para tentar entrar nos prédios, e o enchimento de saco dos que chegam de madrugada e fingem trabalhar, com a divulgação por equipamentos de som, de forma repetitiva e perturbadora, músicas do gênero brega-corno que lembram desolação, traição, abandono, tristeza e tudo que os babões merecem.

Segundo versões que rolam por aqui, o governo não quer o prolongamento da greve em época eleitoral, e apresentaria uma proposta para os seus pelegos sindicais defenderem e aprovarem. O que estaria atrasando tudo seria a falta de uma proposta da Fenaban, para os bancos privados. Como a greve desse segmento é mais significativa em São Paulo, onde os funcionários de bancos privados são maioria, um percentual ruim poderia comprometer a reeleição da atual diretoria do sindicato dos bancários de lá, dizem as versões não confirmadas.

A falta de autonomia do movimento sindical em relação ao governo e à campanha de Dilma impede que algum tipo de compromisso seja subscrito pela candidata petista, onde se deixe claro o que pretende fazer com os bancos, qual a política de recuperação de perdas do governo FHC nos salários, se o BB irá se apropriar dos recursos da PREVI através da resolução CGPC 26, se será coibido o assédio moral por metas abusivas, o respeito à jornada de seis horas, etc.

Essas questões são parte da política do governo. Sem uma sinalização dos ministérios da Fazenda e do Planejamento, nada se negocia nas estatais, e por isso é necessário o compromisso de Dilma com as causas do funcionalismo. E Serra? Perda de tempo. Tudo que se pode esperar dele é mais congelamento salarial e encaminhamento à privatização.

Um comentário:

  1. Cara, esse companheiro da foto em cima não é o diretor do sindicato de brasília confrontando o negociador do banco? como diz a música :é isso aí!

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