Poucas horas antes do plebiscito sobre uma reforma constitucional, militares tomaram o Palácio Presidencial de Honduras, prenderam e deportaram o presidente Manuel Zelaya para a Costa Rica. Os movimentos populares convocaram greve geral a partir de amanhã. O golpe teve como motivação a possibilidade da aprovação de reformas sociais que desagradariam à elite conservadora local. O congresso conservador e o judiciário são cúmplices do golpe.
Obama disse que os EUA não têm nada a ver com o golpe e pede respeito às instituições democráticas . O governo brasileiro rechaçou o golpe e pede a imediata reposição do presidente Zelaya. Este, por sua vez, pede que o povo resista pacificamente. A União Européia e a OEA condenaram o golpe. Já o presidente do congresso de Honduras leu uma carta falsa de renúncia de Zelaya, e declarou que não houve golpe, apenas se fez cumprir uma determinação judicial para prender o presidente por julgarem o plebiscito ilegal.
As próximas horas dirão se teremos um revés dessa ação marginal de sequestro e desestabilização democrática de Honduras, um péssimo precedente que remete aos anos de chumbo da América Latina. A ordem institucional tem que ser respeitada e os golpistas punidos. Se a moda pega, aqui no Brasil podemos ver grupelhos de fascistas incitando os militares à aventura de fechar o congresso e destituir o presidente, como se isso fosse resolver a origem da bandalha. Pelo contrário, o que está aí foi gestado em plena ditadura, na falta de liberdade democrática.
domingo, 28 de junho de 2009
Militares de Honduras sequestram e exilam presidente
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