segunda-feira, 15 de junho de 2009

Brasília : terminal de ônibus tosco na Asa Norte



Na falta de praia, o domingão de Brasília tem a pista do Eixão liberada para caminhadas, bicicletas, etc. E caminhar nesta cidade é muito bom, já que se pode andar por grandes espaços sem atravessar ruas. Neste domingo saímos da ponta da Asa Norte, e andamos pela via L4 norte, que costeia o Lago Paranoá, até a UNB, e voltamos pelas superquadras, num percurso de 12 km que não chegou a cansar. Pelo caminho vimos diversos restos de fogueiras e latas queimadas, inclusive em passagens suberrâneas, mostrando como o consumo de crack está avançando. Também passamos por embriões de favelas em áreas públicas. E também chegamos a uma "rodoviária" improvisada, onde param os ônibus de diversas linhas regulares, sem qualquer infra-estrutura, como mostram as fotos.
Pois é. Em algum momento um gestor parece ter mudado a destinação das áreas públicas destinadas ao terminal rodoviário da Asa Norte, e hoje não tem como resolver o problema sem desepropriações. Na Asa Sul tem um terminal integrado com o metrô, mas na Asa Norte há esse "terminal" e outro numa roça em frente ao futuro bairro rico do Noroeste, onde terrenos já são vendidos a R$ 5.000 por metro quadrado. Essas cenas não são nas cidades-satélites ou no faroeste caboclo do chamado "entorno de Brasília". São dentro do filé mignon. Quem mais sofre são os motoristas e cobradores, sujeitos a péssimas condições de repouso e à falta de segurança. A quase perfeita Brasília, tão planejada, também tem seu lado tosco.

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