segunda-feira, 1 de junho de 2009

Rio: a volta do Imperador

Além do marketing da cidade do Rio de Janeiro, ontem o Maracanã assistiu ao retorno do jogador Adriano ao Flamengo, de onde saiu há 8 anos para fazer uma carreira internacional que o colocou como um dos melhores do mundo. Essa operação de aquisição pelo Flamengo envolveu contratos de propaganda com o jogador, que terá subprodutos para o clube. Apenas para ilustrar, ontem no Maracanã pagaram ingressos 68 mil pessoas, e a renda chegou quase a
R$ 1,3 milhões, números muito altos para um jogo contra um time que está em último na tabela, na quarta rodada do campeonato.

O jogo foi diferente. Finalmente, o Flamengo tinha em campo um artilheiro, um matador, imprevisível, daqueles que fazem coisas que surpreendem o adversário. Ainda está pesado, fora de forma, mas por três oportunidades criou real perigo. Numa delas fez o gol. Os demais jogadores também entraram no clima da festa e buscaram mostrar qualidade, o que fez prevalecerem jogadas individuais que prejudicaram o conjunto, daí o ralo resultado de 2 x 1.

Para mim, o departamento de marketing do Flamengo escalará o time daqui para a frente. Toda a programação financeira do clube tem Adriano como o pilar central. O time terá que mostrar resultados para ganhar dinheiro, ou queimará a imagem de todos. Depois de se livrar de Sousa e Obina, que não vinham rendendo, poderá chegar a vez do técnico Cuca, mediano demais para os interesses comerciais do clube. A fama de Cuca é de retranqueiro, daí ter vencido somente agora o primeiro campeonato de sua carreira, depois de muitos vice-campeonatos. O Flamengo ainda está sem patrocinador, e bons resultados podem valorizar um eventual contrato. Ou muda para tornar o time mais agressivo, ou dança por não interessar aos superiores interesses do "business". O fato é que nunca houve um momento tão bom para isso, já que o Flamengo é o único time carioca que nunca andou pelos tenebrosos caminhos de divisões inferiores.

Isso foi decisivo para a minha felicidade, neste domingo de ver um parente tomar a decisão de parar de sofrer e vestir um manto sagrado. Comemorou muito no estádio, depois de 13 anos sendo tripudiado por gastar sua fé em um time que hoje anda pelos vales sombrios da segundona. Uma evolução dessas não tem preço.

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