Para os opositores do Partido Republicano, Obama deveria ter cancelado a viagem ao Brasil, Chile e El Salvador para acompanhar de perto o desastre no Japão e a crise na Líbia, agravada com a aprovação da criação da zona de exclusão aérea. Afinal, o que é tão importante essa viagem ter prioridade na agenda de Obama, mesmo tendo sido programada há muito tempo?
Para os americanos, Obama diz que tem que buscar mercados para os produtos "made in USA", para criar milhões de empregos e recuperar a economia. O Brasil e o Chile, em especial, atravessam um período de crescimento de consumo, podendo representar oportunidades de negócios para empresas americanas. Quanto à visita ao Rio, trata-se de "agenda cultural".
A direita americana quer fazer desgaste de Obama como se fosse um Nero tocando lira no Brasil enquanto a Líbia e o Japão pegam fogo. Está preocupada também com oportunidades de negócios, mas de outro tipo: venda de armamentos e criação de uma nova guerra para sustentar o complexo industrial militar americano. Quando ao Japão, com as oportunidades criadas pela reconstrução para a venda de produtos americanos, em escala bem superior à do comércio latino-americano.
Obama quer mesmo é ir ao Rio, e dar um tempo com esses abacaxis todos. Se pudesse, tirava férias e vinha dar um tempo por aqui. Ainda bem que não pode, porque nossa vida viraria um inferno. Quanto à Libia, seu governo deu declarações sobre a falta de interesse americano em tomar a frente da ofensiva militar. Deixa isso lá com o Sarkozy, que tem eleições em alguns meses e, a exemplo dos presidentes americanos, quer se reeleger criando uma guerra em algum país distante.
legal
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