O pretexto da elevação do IOF para compras no cartão no exterior e dos impostos sobre bebidas é a compensação da "perda" com a correção da tabela do imposto de renda de 4,5% nos próximos anos. Ou seja: para termos direito a algo minimamente razoavel, como o reajuste das faixas de imposto para evitar pagar mais imposto, paga-se mais imposto. O governo chama de "renúncia" o que deveria ser um dever com os cidadãos que não têm escolha e pagam os impostos.
A medida afeta gastos na área que a economia considera supérflua, e preserva o mercado interno da concorrência de produtos estrangeiros, dada a facilidade de comprar de tudo hoje pela internet e por viagens com cartão de crédito. Isso não afeta as pessoas de mais baixa renda. Já a cerveja e o refrigerante estão no cardápio de amplas faixas da população.
O turista pode levar moeda estrangeira, cartão de débito ou traveller check, modalidade que já estava quase em desuso. A medida deve desestimular as compras, porque é ruim viajar levando muito dinheiro em espécie. Hoje os turistas brasileiros estão gastando muito em viagens, especialmente em supérfluos, e é isso que se quer combater. Os brasileiros gastaram R$ 10 bi a mais lá fora que os estrangeiros aqui.
No mais, o governo prefere o caminho mais fácil: tirar dos pobres para dar aos ricos. O Brasil paga 44,39% do orçamento em juros, e nisso ninguém teve a coragem de mexer. Relativamente, o rico brasileiro paga muito pouco imposto, sobrecarregando a classe média.
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