Do Rio, vem a boa novidade, com o renascimento dos blocos populares por toda a cidade. Maiores ano a ano, com diversão gratuita, sem cordões nem abadás, é um sopro de esperança para quem gosta de carnaval mas não encara o desfile de escolas na Marquês de Sapucaí, ou viaja para as praias próximas já que no Rio não havia mais nada o que fazer no feriadão. Agora a coisa mudou.
Muita gente fica na cidade para fazer o carnaval perto de casa. A nota negativa ficou com a detenção de mais de 600 mijões, levados à delegacia para preleção e liberados depois. O fato é que não tem banheiro químico para todo mundo. Também não há registros de violência.
O desfile de escolas do grupo 1 teve como diferencial o impacto do incêndio na Cidade do Samba, que prejudicou a Portela, a Grande Rio e a União da Ilha. As três ficaram fora da disputa, mas mostraram garra e superação, e nenhuma escola será rebaixada para o segundo grupo em 2011.
Triste foi o preço pago pela ambição do Salgueiro, que tentou fazer uma apresentação gigantesca e foi vítima das próprias proporções, atrasando em 10 minutos o desfile e já perdendo automaticamente um ponto. Apesar de belíssima e da boa animação dos integrantes, não empolgou a arquibancada, e está fora da disputa.
A Unidos da Tijuca repetiu a dose da comissão de frente surpreendente, e veio com um tema fácil, samba bom, tem condições de emplacar o bicampeonato. A Mangueira também inovou com paradinhas, mas acho que não será suficiente para conquistar empatia no júri para ter os pontos do campeonato. Já a Beija-Flor jogou pesado: homenagem a Roberto Carlos, ídolo querido pela maioria dos que estavam nas arquibancadas. Como sempre, teve o diferencial de fazer parte do desfile ao amanhecer, favorecendo-se da luz do dia sobre alegorias e fantasias. Além do bom carnaval e desfile impecável, a Beija-Flor poderá ser a campeã porque sempre goza da simpatia dos jurados, que ficam inibidos em tirar-lhe qualquer ponto. Muito provável que leve o título.
Na mesmice, a sonolenta transmissão da Band do carnaval baiano. Como não há alas nem enredo nem fantasias diferenciadas, os repórteres e câmeras se desdobram para achar celebridades e pessoas bonitas na multidão. Com o programa Os Bastidores do Carnaval, da Rede TV, foi pior, porque praticamente não tinham acesso ao carnaval, tendo que inventar coisas com os próprios participantes do programa e com o que pudessem conseguir, em especial sub-celebridades.
Na Globo a novidade foi a transmissão em 3D, que no canal 701 da NET, para quem não tem TV apropriada, aparecia como uma divisão da tela em duas imagens. A transmissão digital deu outra qualidade às cores. Botaram muito bate-papo com os comentaristas e poucas imagens de destaques nos desfiles.
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