quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Servidores : NEGOCIA, DILMA !

Tecnocracia tem limites. No Brasil o governo Lula teve parte do seu sucesso por conta da ascensão de Dilma após a queda do politiqueiro Dirceu. A então Chefe da Casa Civil organizou as ações do governo, passou a planejar os recursos, lançou os PACs, impulsionou a economia. Lula cuidava do controle social sobre os sindicatos e demais movimentos, evitando greves, fazendo concursos para servidores públicos e reestruturando carreiras.

Dilma, Mantega e a ministra do Planejamento, Miriam Belchior, praticamente nada fizeram para resolver a greve dos professores federais e dos servidores das universidades. Não deram muita bola, porque esse tipo de greve não impacta a economia, apenas prejudica os alunos, uma conta de longo prazo. Agora praticamente todo o funcionalismo está entrando em greve e fazendo manifestações que começam a afetar a economia, como as operações-padrão de policiais federais, fiscais sanitários, etc.

Até quando Dilma vai fazer de conta que as pessoas irão simplesmente desistir de lutar e voltar ao trabalho? Por que as negociações estão nas mãos de pessoas que têm grande habilidade de pilotar planilhas, e não sabem discutir salários ou planos de carreira? Em muito breve teremos o país parado e o governo Dilma passará a ser pautado pela mídia e pela oposição, que querem solução mas não querem aumentar o gasto público. Dilma está pisando na bola, e sua omissão nas negociações realimentará o movimento social que poderá sair do controle da CUT e do PT. 

2 comentários:

  1. Vejo um desequilíbrio no esquema de governança que tendeu a integrar a CUT e os sindicatos aos dispositivos de governo. Não que as direções tenham mudado sua natureza, mas a situação tem empurrado objetivamente a CUT a se descolar do governo. A central encabeçou as principais manifestações de servidores nas últimas semanas, entrou agora com uma ADI contra o Decreto 7.777 e tem apoiado a greve incondicionalmente. Em setembro a CUT convoca uma marcha a Brasília com uma pauta bastante avançada.
    Sem ilusões, é forçoso admitir que a Central segue um caminho substancialmente diferente do período do governo Lula.

    Um abraço, Eudes Baima

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  2. Sobre o tema, hoje foi noticiado que a Central Única dos Trabalhadores (CUT) e outros cinco sindicatos de servidores dedidiram representar contra o governo federal na Organização Internacional do Trabalho (OIT). Eudes Baima

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