sábado, 25 de agosto de 2012

Dilma pode derrotar greves de servidores por um tempo

 A proposta final de 15,8% parcelados ou nada feita pelo governo é do tipo "ou dá, ou desce". Faca no peito, porque até o dia 31 o assunto tem que estar resolvido para entrar no orçamento de 2013. Pelo ultimato do Ministério do Planejamento, as categorias têm até a terça-feira para assinar os acordos com o que o governo propõe, ou ficar sem nada.

Não tem mais papo, e dias descontados só serão discutidos com o fim da greve. Ainda haverá negociações com alguns setores neste fim de semana. Alguns setores já fizeram acordos de voltaram às atividades, mas a maioria continua em greve. A FASUBRA, que representa servidores de universidades já fechou acordo.

Quando aos militares, Dilma anunciará um pacote para melhoria dos soldos, que se encontram muito defasados em relação, por exemplo, aos da Polícia Federal. A proposta traria uma revisão trienal dos soldos, além das mudanças trazidas pela Lei 12705, que abre caminho para que as mulheres tenham plena igualdade na formação no oficialato, e da Lei 12598, de incentivo ao desenvolvimento na área estratégica de defesa.

O índice de 15,8% nos próximos 3 anos mal cobre a inflação, mesmo que se mantenha no patamar de 5%. A solução interessa politicamente a Dilma por acreditar que com esse acordo plurianual com os servidores ela navegará em paz até o fim do seu mandato, sem novas greves. Mesmo que consiga empurrar esse reajuste goela abaixo dos funcionários, muitos acordos estão sendo feitos à parte com setores do funcionalismo, como reestruturações, reposições de perdas, etc.

O histórico mostra que novas greves do funcionalismo virão, se não pelo descontentamento com os reajustes, pelo descumprimento desses acordos. Em julho do ano que vem uma nova safra de greves é possível, ou antes, para pressionar o Congresso na discussão do orçamento.

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