segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Mídia Bandida 004 - PIG desdenha redução de impostos de Dilma

Lenta e gradualmente, mas fazendo muitos estragos na base de apoio demo-tucana, a presidente Dilma Roussef vem cumprindo a agenda da burguesia industrial brasileira: reduziu drasticamente os juros, aumentou o apoio do BNDES à produção, baixou IPI setorialmente, está reduzindo as contas de energia em até 28% para o setor produtivo, elevou o patamar do câmbio para favorecer exportações e agora anunciou a redução dos encargos sociais nas folhas de pagamento para todos os setores, além dos que já havia reduzido. São medidas que tendem a impulsionar a economia, seguindo o planejamento rumo ao crescimento sustentável.

Em 2012 a redução de encargos, substituindo os 20% de recolhimento de INSS sobre a folha para 1 a 2% sobre o faturamento, teve como resultado o aumento da formalização de mão-de-obra e a abertura de novos empregos. Agora a medida deve se estender a todos os setores.

A desoneração da folha é uma proposta antiga e polêmica, defendida pela Confederação Nacional da Indústria. Segundo o DIEESE, em Nota Técnica de 2011, a desoneração precisa ser transparente para não prejudicar os trabalhadores, pois seus técnicos entendem que grande parte do que consta como encargos é, na verdade, benefício indireto ao trabalhador. Assim sendo, dos 102% que os empresários chamam de encargos, o DIEESE reconhece apenas 25%.

A tudo isso o conglomerado Globo noticia mas desdenha como "medidas para evitar o novo fracasso de um "pibinho" como o de 2012". Não tem mais o que dizer. Na questão da redução da energia, o lobby do cartel elétrico perdeu, mesmo com o amplo apoio da Globo. Nos juros, mesmo anunciando o apocalipse se baixassem, perdeu de novo. Só resta ficarem requentando o Mensalão, jogar lama em Lula, e cutucar Dilma toda vez que ela toma as bandeiras que pretendiam ser da direita liberal. Para eles, tudo não passa de "turbinamento do PIB". Eis o preâmbulo negativo da notícia positiva:

"Após o pífio resultado do PIB no ano passado, o governo decidiu estender a todos os setores, ainda este ano, a desoneração da folha de pagamento das empresas. A medida abrangerá indústria, comércio e serviços. Hoje só 42 segmentos são contemplados. Segundo interlocutores de Dilma, ela considera que as companhias que já receberam esse incentivo têm bons resultados, e que está na hora de usar todas as armas para evitar que o PIB de 2013 repita o de 2012. A desoneração prevê substituir a cobrança de 20% sobre a folha por alíquota de 1% a 2% sobre o faturamento."
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