quarta-feira, 24 de abril de 2013

Ciberterror : Hoax de bomba na Casa Branca derruba bolsa de Nova Iorque

O conceito de ciberterrorismo está muito ligado ao acesso e alteração de instruções em plantas industriais, equipamentos e sistemas que possam produzir efeitos catastróficos. Exemplo: invadir o sistema de uma siderúrgica e alterar os parâmetros de segurança de temperatura do alto-forno. Ou parar uma esteira de transporte de minério. Ou mesmo controlar aviões em vôo. Diversos países já têm equipes especializadas em ciberguerra, para tentar invadir os sistemas dos inimigos e, se possível, neutralizá-los via internet.

O que aconteceu ontem nos EUA deve ter alertado os especialistas para uma nova aplicação do ciberterror: o hoax oficioso. Hackers entraram na conta do Twitter da agência de notícias Associated Press e publicaram uma matéria dizendo que duas bombas haviam explodido na Casa Branca e que o presidente Obama estaria ferido. Imediatamente o índice Dow Jones da Bolsa de Nova Iorque entrou em forte queda, o que só parou com o desmentido minutos após a divulgação do hoax. Ao final do dia, fecharam em alta, mas muita gente deve ter perdido dinheiro, deixado de ganhar e alguns podem até ter ganhado com o boato.

Os prejuízos podem ter chegado a US$ 200 bi. O país ainda está tenso com as bombas de Boston e correspondências com substâncias letais mandadas para a Casa Branca. As informações rápidas, tipo Twitter,  passaram a ser vitais para operações nos mercados, que são instantâneas e globais. A Associated Press goza de grande reputação como meio de comunicação, assim como a Bloomberg e outras agências de notícias. Todo esse ambiente foi propício ao sucesso dos hackers em produzir estragos no ataque. Como alguém ganhou dinheiro com isso, cabe até suspeitar se o ataque teria sido encomendado por algum interessado no pânico. 

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