quinta-feira, 11 de abril de 2013

Viagem : Coréias - A Zona Desmilitarizada (DMZ) - parte 2 : Dorasan


Na parte 1 do post sobre a DMZ mostramos que não conseguimos chegar lá, mas aprendemos e fizemos tudo certinho no dia seguinte. O último trecho de trem passa por uma ponte metálica construída ao lado dos restos bombardeados da antiga. Depois vem um trecho onde estão acampamentos de tropas de vários países (praticamente ninguém por lá) até chegarmos ao ponto final : a estação internacional Dorasan! Ela é uma ficção, uma peça cenográfica, que já recebeu como visitante George W. Bush, que deixou uma dedicatória num dormente.

Essa estação moderníssima lembra um aeroporto. A diferença é que não leva a lugar nenhum. É pura jogada de propaganda, numa demonstração de que a Coréia do Sul deseja a unificação e até já tem os esquemas para receber os trens que vierem do norte. Até placas com distâncias para Pyongyang e aduana tem, bem como bilheterias que não vendem nada. Tem raios-x para bagagem e uma plataforma enorme, com trilhos que vão até a cerca que delimita pelo lado sul a faixa neutra de fronteira de 4 km onde está um paraíso ecológico. Os animais que vivem ali sem contato com os seres humanos só sofrem algum dano quando pisam em alguma mina terrestre.

Dali fomos embarcados num ônibus (todo mundo de crachá) com aposentados muito idosos e pobres, possivelmente camponeses, e nos dirigimos ao local dos túneis cavados pela Coréia do Norte que foram encontrados pelos do sul depois de muita infiltração de espiões, etc. Depois fomos a um observatório onde é proibido apontar máquinas fotográficas da beirada do mirante para que não sejam confundidas com armas (e consequentemente alguém achar isso e mandar uma bala), onde tem uma loja de souvenirs.

Não estava permitida a visitação ao galpão da JSA - Joint Security Authority, onde autoridades do norte e do sul se encontram, talvez porque botaram no Youtube uns filmes onde os turistas "invadiram" a fronteira interna da Coréia do Norte, que passa pelo centro da mesa.

O almoço também é por conta da passagem, num restaurante simples de comida estranha mas saborosa. Depois voltamos ao trem, pegamos o outro trem e depois o terceiro trem até Seul. Perdemos a manhã toda e chegamos a Seul às 4 da tarde. Só deu para visitarmos um grande templo e passear em Gangnan, mas isso é assunto para outro post. Depois vou ajeitar esse aqui com mais detalhes.

Trocando em miúdos: se você tiver pouco tempo para visitar a Coréia do Sul, há coisas mais interessantes para ver em Seul mesmo. A DMZ é daquelas coisas que ninguém que você conhece foi lá, por isso não dá para saber se é uma roubada ou cilada. Agora que fomos, recomendamos ir só se for de excursão de ônibus, e mesmo assim se puder perder meio dia nisso.
















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