A origem de boa parte da corrupção que vez por outra aflora na foram de escândalos é o financiamento partidário e de campanhas. Enquanto for legal a doação de empreiteiras e outros fornecedores às campanhas, o conluio entre o setor público e o privado para fins de subtração dos cofres dos governos não irá estancar.
Uma solução parcial para o problema (a definitiva seria pararem de usar a política como forma de enriquecimento) é o financiamento de campanhas exclusivamente público, ficando proibidas todas outras formas de receitas aos partidos. Esse sistema existe em diversos países, e se não resolve, pelo menos deixa mais claro que qualquer recurso que fuja ao permitido será ilegal, facilitando a aplicação de sanções por crimes eleitorais.
Dilma poderia aproveitar que existe apoio público à faxina que vem fazendo no Ministério dos Transportes, e ousar mais. Quando venceu as eleições, estabeleceu como critério mínimo para os partidos da base aliada preencherem cargos que os indicados não tivessem processos em andamento.
Pode radicalizar nesse critério, punindo todo e qualquer envolvido em desvios de dinheiro público no exercício dos cargos, e pressionar o congresso pela aprovação do projeto de financiamento público de campanhas. Seria um grande avanço para coibir os "lobbies" do poder econômico, a formação dos "caixa dois" e para acabar com as tais "sobras de campanha". Há uma proposta em andamento, que deverá ainda ser votada na Câmara e no Senado.
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